
A competição mais imprevisível e ingrata do futebol brasileiro vai começar.
Após um atraso sem muitas explicações, a CBF confirmou o início da Série D para este fim de semana. Sem VAR, com gramados irregulares e uma fórmula de disputa que pune qualquer vacilo no mata-mata, o torneio segue sendo um teste de resistência — emocional, físico e institucional.
A Série D é o retrato do futebol brasileiro profundo: campos duros, logística complicada e, muitas vezes, decisões definidas no detalhe. Não existe manual para o acesso. O dinheiro ajuda, claro, mas não garante. E quem joga melhor, nem sempre vence.

Alagoas terá dois representantes. O ASA, com história, estrutura e um elenco mais encorpado. E o Penedense, estreante na competição, que vive um momento de reestruturação após mudanças na comissão técnica e saída de peças importantes.
O ASA, sob a presidência de Rogério Siqueira, já flertou com o acesso em anos anteriores. Agora, após um Campeonato Alagoano competitivo e com reforços pontuais, o clube de Arapiraca quer repetir a boa campanha e ir além. O objetivo é claro: subir para a Série C.
O Penedense entra para aprender, mas sem abdicar de competir. A presença do técnico Jaelson Marcelino dá ao clube uma dose necessária de experiência. O fator casa será crucial. A caminhada será longa, e não se exige um acesso imediato. Mas toda grande trajetória começa com o primeiro passo.
A Série D é traiçoeira. Um tropeço derruba. Um acerto embala. E em meio à incerteza, ASA e Penedense carregam os sonhos de um estado inteiro.