
Foto: Cortesia Neudson Almeida/reprodução
A denuncia de que um professor de filosofia do Campus da Instituto Federal de Alagoas (IFAL) de Maragogi, estaria realizando campanha eleitoral e incitando o ódio entre os alunos, para pressionar aqueles que votam, ou que tenham pais que votam no candidato para Presidência da Republica Jair Bolsonaro, será apurada pelo Ministério Público, que intimou todas as partes para serem ouvidas.
O fato gerou revolta dos pais e medo dentro do Campus, chegando ao ponto dos alunos partidários do candidato do PSL, se recusarem ir às aulas desde ontem. Neudson Almeida, pai de uma aluna disse que descobriu o que vinha ocorrendo dentro do Campus do IFAL Maragogi, depois que viu sua filhar chorar compulsivamente. O professor acusado de incitar o ódio aos simpatizantes de Bolsonaro postou um vídeo nas redes sociais, onde se identifica como pertencente a um grupo denominado “honrados brutos”, onde pede apoio para suas ações e diz que aqueles que não participem irão para o “inferno de Dante”.
O fato gerou uma representação dos pais pedindo providencias ao diretor do IFAL Maragogi, Dárcio Camerino para que fossem tomadas providencias junto ao professor acusado. Essa atitude dos pais gerou uma reação do docente, que postou nas redes sociais um áudio onde diz que estaria sendo vitima de pressões e da ação de “alunos fascistas que votam em Bolsonaro”, que teriam tentarhackerarseu perfil no face book.
A assessoria de comunicação do Campus do IFAL se limitou a emitir uma nota informando que está tomando “providências. Pedagógicas em relação ao caso dos professores do Campus que teriam abordado conteúdos político-partidários na instituição”. A nota informa ainda que em dez dias serão ouvidos todos envolvidos por uma “comissão interna” para avaliar os fatos. A nota, entretanto, não informa se o professor acusado será afastado de sala de aula, e se a integridade física e moral dos alunos será garantida.
MP
A promotora de justiça Francisca Paula que atua na parte eleitoral, disse que a princípio não se trata de crime eleitoral, mas de incitação ao ódio e portanto será um procedimento criminal que será instaurado.
Já Neudson Almeida pai de uma das alunas que teria sido constrangida com a atitude do professor do IFAL, declarou que estará conversando com seus advogados para tomar as providencias necessárias.
Neudson disse ainda que há mais de um ano que muitos alunos têm procurado os pais reclamando da postura de professores do Campus do IFAL de Maragogi. Segundo ele um dos docentes ia para sala de aula atacar o sentimento religiosos cristão, afirmando que a bíblia era uma grande mentira.
O assunto também suscitou um posicionamento de representantes de igrejas evangélicas, que pediram uma reunião na próxima segunda-feira, com o responsável pela direção do Campus do IFAL, Dárcio Camerino que é candidato a eleição a reitor do IFAL, em Alagoas e que está em campanha.