Aeroporto Zumbi dos Palmares poderia ter sido mais valorizado com a reclassificação e ainda corre o risco de perde fluxo de voos para Recife

O pregão para arrematar os aeroportos brasileiros está em contagem regressiva para sexta-feira (15), na sede da Bolsa de Valores de São Paulo. São 12 equipamentos aeroportuários localizados no Nordeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil que serão arrematados por empresas privadas nacionais e internacionais.
Alguns desses aeroportos não são lucrativos, mas foram atrelados aos que têm bons resultados, com o objetivo do Governo Federal se livrar dessas “bombas”, que praticamente não tem fluxo de passageiros. Em contrapartida outros como o aeroporto de Recife, que tem uma excelente movimentação pode crescer ainda mais, com a privatização.
Em Alagoas o aeroporto Zumbi dos Palmares ficou “travado” durante anos aguardando sua reclassificação, que até hoje não saiu porque a prefeitura de Rio Largo não realizou as adequações exigidas. O aeroporto pode se transformar em um equipamento com excelente fluxo de passageiros, por ser um destino turístico que encanta e atrai milhares de visitantes todos os anos. Contudo, o equipamento aeroportuário alagoano, pode perder fluxo de voos para Recife se a empresa vencedora priorizar a capital pernambucana como prioridade.
Segundo informações da Bolsa de Valores de São Paulo, cerca de seis grupos empresariais entregaram propostas. Entre eles estão a CCR, Sociam. A francesa ADP e a espanhola AENA.
Outros grupos também estiveram na sede da Bolsa para apresentar oficialmente as propostas como a Da Vinci, Avialliance.
A abertura dos envelopes com as propostas será realizada na manhã de sexta-feira e contará com a presença do Governado Renan Filho e do secretário estadual Rafael Brito, que pretendem manter o primeiro contado com o grupo vencedor.
Entraves que “travam”
Enquanto corre os preparativos para o pregão, a Infraero notifica o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves para que realize as adequações exigidas, para segurança dos voos e também possibilitar a reclassificação do aeroporto para categoria Delta (D) e assim viabilizar a descida da voos internacionais regulares como a TAP, que já sinalizou a intenção de colocar Alagoas em suas rotas.