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Conheça a história da língua inglesa

Assim como a língua portuguesa, a história da língua inglesa remonta há séculos de trajetória na qual ela foi se transformando até chegar aos dias de hoje com a estrutura que conhecemos. Por isso mesmo, não é errado dizer que falar em inglês representava diferentes formas de se expressar ao longo do tempo.

O inglês está relacionado aos povos originários das ilhas britânicas e das consequentes invasões e ocupações de outros grupos na região. A presença humana por lá é registrada de, ao menos, desde a última era do gelo, quando essas ilhas ainda eram ligadas ao continente europeu.

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Há cerca de 7000 anos, este fenômenos foi responsável por separar a Grã-Bretanha da Europa, isolando também os povos que lá habitavam.

Os celtas e os primórdios da história da língua inglesa

A língua inglesa como conhecemos hoje pertence ao grupo das línguas germânicas ocidentais. Ela se originou dos dialetos anglo-frísio e saxão antigo trazidos para a Grã-Bretanha por germânicos oriundos de regiões equivalentes aos atuais noroeste da Alemanha, Dinamarca e Países Baixos.

Até o final da Antiguidade, os povos nativos da Inglaterra falavam a língua celta britânica, junto com influências do latim - proveniente da ocupação da ilha por parte dos romanos. Portanto, o que chamamos hoje de inglês surge da convergência de todos esses idiomas e, ao longo dos próximos séculos, seria marcado por outras línguas, como o francês.

A chegada dos Anglos

Entre as tribos que ocuparam as ilhas da Grã-Bretanha, estão os anglos. Inclusive, o nome em inglês da Inglaterra - England - significa terra dos anglos. Junto com eles, uma série de outros povos migraram para a região, com destaque para os saxões, frísios e jutos.

A influência do latim

Entre 55 a.C e 54 a.C, os romanos realizaram as primeiras invasões ao território da atual Inglaterra, sob o comando do próprio Júlio César. Tempos depois, sob o reinado do imperador Cláudio, a ilha seria anexada ao Império Romano até os limites da atual Escócia. Com isso, o latim começa a exercer influência na língua e cultura celta-bretã e palavras latinas foram incorporadas à língua, sendo utilizadas até hoje.

A chegada dos saxões

Com a decadência de Roma, este império passou a gradualmente abandonar as ilhas inglesas a partir do século V d.C., deixando os povos locais à mercê das tribos localizadas ao norte da Muralha de Adriano (Escócia) e das invasões oriundas do continente europeu. Já falamos dos Anglos, e agora é a vez dos Saxões ocuparem a ilha e exercerem sua influência linguística.

Num primeiro momento aliados contra os invasores do norte, os celtas-bretões foram devastados pelos saxões. A destruição aconteceu em tamanho grau que no inglês medieval e moderno quase não há vestígios da língua celta original do território inglês.

Portanto, apesar da influência inicial da cultura celta no idioma e cultura da região, o inglês tornou-se, essencialmente, uma língua germânica, proveniente dos invasores do continente. Estamos falando do final da Antiguidade e Início da Idade Média, no século V d.C. A partir deste marco, podemos classificar a língua inglesa em três períodos: Old English, Middle English e Modern English.

Old English (500 - 1100)

O Old English, também chamado de Anglo-Saxon, é uma língua que guarda poucas semelhanças com o inglês moderno - seja na pronúncia, vocabulário ou gramática. Como exemplo, para um falante nativo de inglês dos dias atuais, apenas 15% das palavras da oração do Pai Nosso em Old English são reconhecíveis na escrita, e uma porcentagem ainda menor seria compreendida na pronúncia.

A conquista normanda na batalha de Hasting

No ano de 1066, ocorreu a Batalha de Hasting, um marco importante para a história da Inglaterra como um todo. Ela foi travada entre um exército invasor normando, comandado por William, Duque da Normandia (território que hoje compreende o norte da atual França), contra o exército anglo-saxão liderado pelo rei Harold Godwinson. A vitória normanda representou drásticas transformações na política e língua inglesa, marcando o início de uma nova era.

Tudo isso aconteceu por que o monarca que antecedeu Harold tinha fortes ligações políticas e familiares com a corte normanda - que alegava que ele havia prometido o trono da Inglaterra para o Duque da Normandia. Após sua morte, todavia, o conselho inglês apontou Harold como o herdeiro legítimo ao trono, levando William a travar uma guerra pelos seus supostos direitos.

Desta forma, William, pelo seu feito, assumiu o trono com o título de William, o Conquistador. Seu governo foi caracterizado pela centralização política, fortalecimento do cristianismo e, como não poderia deixar de ser, pela grande influência da língua normanda - conhecida como Norman French. O próprio William não falava inglês - a exemplo de seus sucessores.

Nos próximos 150 anos, a língua franca utilizada nas artes e na política deixou de ser o inglês para dar lugar ao francês. Com isso, temos a formação do Middle English, a combinação do inglês arcaico com muitos elementos da língua francesa.

Middle English (1100 - 1500)

A convergência na língua francesa - por meio do dialeto Norman French - com o Old English resultou em um considerável vocabulário novo. Isso demonstra que, apesar do francês ser utilizado no âmbito da nobreza, a língua inglesa resistiu, sobreviveu e se impôs ao francês nas ilhas britânicas. Assim, apesar de séculos de influência, é possível afirmar que ela não passou de acréscimos no vocabulário.

No século XV, a prevalência da língua inglesa sobre o francês já era absoluta em todo o território britânico. Isso se deve ao crescimento do sentimento nacionalista na região, e das constantes guerras e rivalidades contra os franceses do continente. Com isso, temos a decadência da influência normanda na Inglaterra, que consolidou o Middle English e abriu espaço para o surgimento do Modern English.

Modern English (1500 - atualmente)

O Modern English marca o início da padronização e unificação da língua inglesa. Veja, apesar de traçarmos uma linha histórica única até aqui, a verdade é que os fatos listados servem para narrar a existência de diversos dialetos regionais na Inglaterra. Pouco divergiam entre si, mas não representavam uma língua inglesa única.

O advento da imprensa, em 1475, e a criação de um sistema postal, em 1516, possibilitaram a disseminação do Dialeto de Londres - cidade esta que já era o centro político, cultural e econômico do reino - por todo o país. A disponibilidade de materiais impressos - que eram mais práticos e baratos do que as cópias feitas à mão - também ampliaram o número de pessoas alfabetizadas.

A rápida reprodução e propagação de uma ortografia padronizada revela um caráter conservador da língua inglesa, que não viveu, desde então, reformas ortográficas. Isso explica também a falta de correlação entre a pronúncia e a escrita do inglês moderno. D'Eugenio discorre sobre isso explicando:

O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século XVI e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século XVIII, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (1755), Thomas Sheridan (1780) e John Walker (1791). Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século XVIII, sendo usada para representar a pronúncia da língua no século XX.

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*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

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