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Bendine diz que encontrou dono da Odebrecht em 'local oculto'

Ex-presidente da Petrobras e do BB prestou depoimento ontem

O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, que é um dos alvos da 42ª fase da Lava Jato, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que se encontrou com Emílio Odebrecht, dono do Grupo Odebrecht, em um "local oculto".

Bendine relatou que se encontrou com André Gustavo, outro alvo da 42ª etapa da operação, e Fernando Reis, ex-executivo da Odebrecht e delator da Lava Jato. No encontro, Fernando Reis, segundo o depoimento do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, lhe solicitou a possibilidade de encontrar com Emílio Odebrecht e Nilton de Souza, o então novo presidente do Grupo Odebrecht.

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O G1 tenta contato com as defesas de Bendine e da Odebrecht.

Aldemir Bendine também disse à PF que falou para Fernando Reis que o encontro deveria ser formalizado e que não participaria do ato na sede da Odebrecht. Na ocasião, Marcelo Odebrecht - filho de Emílio Odebrecht e ex-presidente da Odebrecht - já tinha sido preso pela Operação Lava Jato.

O ex-presidente da Petrobras também afirmou no depoimento que pediu a Fernando Reis que o encontro fosse realizado na Petrobras ou em "algum lugar público ou neutro". Contudo, o encontro ocorreu no fim de setembro em um escritório de advocacia, em São Paulo, "onde se tratou de um reunião tensa com reclamações pesadas por parte do grupo em função de uma série de cancelamentos de negócios", conforme depôs Aldemir Bendinde.

Bendine disse que, naquele momento, se sentiu "ameaçado pelo tom da conversa". Ele argumentou que foi questionado se não considerava impróprio fazer reunião em "local oculto" ao invés de realizá-la na sede da Petrobras. Entretanto, segundo Aldemir Bendine, eles não quiseram ir à sede da estatal.

Bendine falou aos delegados no período da tarde, nesta segunda -feira (31). Os irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva, que também foram presos na atual fase, prestaram depoimento pela manhã.

Segundo as investigações, Bedine é suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propina da Odebrecht. André e Antônio Carlos são suspeitos de operar os repasses. Todos negam as acusações.

Ainda nesta segunda, o juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, decidiu converter a prisão temporária dos três investigados para preventiva. Com isso, eles não têm prazo para deixar a carceragem. O grupo está detido na carceragem da PF, em Curitiba.

Na decisão, Moro considerou que as provas apresentadas até o momento pelo Ministério Público Federal (MPF) são suficientes para comprovar, a princípio, as suspeitas de que os três exerceram atividades ilícitas.

Anotações

De acordo com o MPF, no cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa de Bendine, foram encontradas anotações sobre assuntos de interesse do Grupo Odebrecht no Banco do Brasil com a indicação de números percentuais.

Ainda segundo a força-tarefa, as anotações fazem referência a reuniões e telefonemas que foram informados pelos colaboradores ligados à Odebrecht.

Quanto à relação entre Bendine e André Gustavo Vieira da Silva, a força-tarefa afirma que eles têm habitual prática ilícita.

O MPF disse ainda que a partir de quebra do sigilo telefônico, identificou-se aproximadamente 17 ligações para Lúcio Bolonha Funaro, conhecido como operador financeiro de Eduardo Cunha, também detido pela Operação Lava Jato.

Propina

Em 2015, Bendine era braço direito da então presidente Dilma Rousseff. Ele havia deixado o banco com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, Bendine já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.

Quando comandava o Banco do Brasil, Bendine pediu R$ 17 milhões à Odebrecht para rolar uma dívida da empresa com a instituição, mas não recebeu o valor, segundo as investigações. A informação foi dada pelos delatores Marcelo Odebrecht e Fernando Reis.

Na véspera de assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 6 de fevereiro de 2015, Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, segundo o MPF. Investigadores dizem que o pedido foi feito para que a empreiteira não fosse prejudicada na Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato.

A Odebrecht, conforme depoimentos de colaboradores, optou por pagar a propina de R$ 3 milhões por meio do Setor de Operações Estruturadas. Foram feitas três entregas em espécie, no valor de R$ 1 milhão cada, em São Paulo.

Mensagens de texto enviadas por Bendine e pelo publicitário André Gustavo citam o local onde teria ocorrido uma suposta reunião para tratar de pagamento de propina. O endereço é citado na delação de Marcelo Odebrecht, e do ex-executivo da empreiteira, Fernando Reis.

As mensagens obtidas pelos investigadores foram trocadas em um aplicativo que normalmente as apaga após serem lidas.

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