A defesa do presidente Jair Bolsonaro contra a cúpula do PSL vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso o partido não abra suas contas. Com isso, ele decide aumentar a artilharia contra o grupo político comandado por Luciano Bivar, presidente da legenda. A desfiliação de Bolsonaro segue no radar.
Na sexta-feira (11), o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga, que advoga para Bolsonaro, solicitou formalmente acesso a dados financeiros do PSL nos últimos cinco anos, mas o fez sem passar pelo tribunal.
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"Se as respostas não vierem em cinco dias, vamos ao TSE", disse um aliado do presidente da República sob condição de anonimato.
O objetivo é saber como Bivar está manejando as contas da legenda e se há alguma irregularidade ali.
Bolsonaro usa a expressão "caixa preta" para se referir à cúpula do PSL. A estratégia da ala que o apoia é forçar uma auditoria no partido.
Um desembarque de Bolsonaro e seu grupo gera muitas dúvidas. Deputados federais temem perder seus mandatos caso deixem o PSL, seguindo o presidente. A regra da perda de mandato vale somente para cargos proporcionais, como deputados federais e estaduais, por exemplo. Não se aplica, portanto, ao de presidente da República.