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Estudante morto por bala perdida na Tijuca é enterrado no Rio

Gabriel morreu no dia do aniversário do pai, que fez 40 anos

Tristeza e revolta marcaram o velório do estudante Gabriel Pereira Alves, de 18 anos, no Cemitério da Penitência, no Caju. O jovem foi morto por uma bala perdida na última sexta-feira, dia 9, quando estava em um ponto de ônibus na rua Conde de Bonfim, na Tijuca, Zona Norte.

Gabriel ia para escola, Colégio Estadual Herbert de Souza, onde cursava o 3° ano do Ensino Médio. No momento, havia troca de tiros no Morro do Borel, onde o estudante também morava.

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Ele morreu no dia do aniversário do pai, Fabrício Alves, que neste domingo, também o enterrou no dia dos pais. O clima foi de muita emoção. Segundo a assessoria do cemitério, mais de 250 pessoas compareceram ao local. Amigos e familiares fizeram orações e prestaram homenagens ao jovem.

"Esse foi o sonho dele", disse o Fabrício, apontando para a medalha de campeão do Campeonato Carioca de futsal sub 20 pelo Olaria que o filho havia conquistado recentemente. Em suas mãos, ele carregava também a camisa usada pelo estudante no dia tragédia, com a marca de tiro no peito.

Gabriel morreu no dia do aniversário do pai, que fez 40 anos. Com a certidão de óbito do filho na mão, Fabrício disse que ganhou o documento de presente.

"O papel que eu queria estar recebendo nesse momento era a formação profissional dele, um diploma de um curso, um comprovante de que se tornou um preparador físico", disse o pai emocionado que, lembrou o último momento em que viu o filho.

"A última palavra que ouvi dele foi 'parabéns, coroa'. Eu disse: coroa não, olha como você fala com seu pai. E 20 minutos depois alguém esmurrou o meu portão, dificilmente alguém faz isso para te dar uma boa notícia. Quando me falaram: 'vai lá embaixo porque aconteceu alguma coisa com seu filho Gabriel'. Eu pensei: meu filho está morto. Já desci sabendo disso", contou Fabrício, que mora no Morro do Borel há 20 anos.

O tipo de calibre que atingiu Gabriel não consta no laudo entregue à família.

"Eu não tenho o direito de saber qual foi a arma, qual foi o projétil que atingiu o meu filho. Cadê os nossos governantes? Só peço que cuide das nossas crianças, que passe a olhar um pouco para a nossa comunidade, porque não é possível que todo mundo que está aqui seja de uma má índole, elas representam o meu filho", disse Fabrício.

A mãe de Gabriel, Josimar Pereira Marçal, precisou ser amparada em diversos momentos durante o velório e não conseguiu falar com a imprensa. O irmão, Caio, de 16 anos, também estava muito emocionado. O outro irmão do jovem, Thiago Pereira dos Santos, de 32 anos, contou que Gabriel mandou uma mensagem às 6 horas da manhã de sexta para marcar um corte no cabelo.

"Toda sexta-feira ele estava no meu salão para cortar o cabelo. O que fizeram com ele está me corroendo por dentro, a comunidade está sofrendo com a gente, é muito complicado. Ele era um excelente estudante, tinha a letra mais bonita da escola quando estava no ensino fundamental. Era um moleque extrovertido, alegre, brincalhão, prestativo. O que precisavam dele ele ajudava, ele era esse tipo de menino", contou Thiago.

Tatuagem para homenagear o amigo

Amigo de infância de Gabriel, Matheus de Jesus da Silva, de 19 anos, fez uma tatuagem no braço com a frase "Eterno em meu coração, anjo Gabriel", como uma forma de homenagem ao amigo.

"A gente sempre jogando bola junto, ia para todos os lugares juntos, a gente saía, curtia e sempre quando precisava dele ele tava comigo e quando ele precisava de mim eu estava com ele. Podia estar acontecendo o que fosse um ajudava o outro, então isso é o mínimo que eu poderia fazer por ele porque ele merece muito", contou emocionado.

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