Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

Ex-padrasto que virou réu por morte de jovem tinha senha para monitorar localização da vítima com app espião

Anna Carolina Pascuin Nicoletti foi encontrada morta dentro do próprio apartamento, em Sorocaba (SP). Homem virou réu pelo homicídio, mas teve a prisão preventiva negada e foi solto

O ex-padrasto e principal suspeito de matar a vendedora Anna Carolina Pascuin Nicoletti, de 24 anos, encontrada morta dentro do próprio apartamento, em Sorocaba (SP), perseguia a vítima pelas redes sociais e tinha uma senha para localizá-la.

A anotação do suposto aplicativo espião, que também pode ser chamado de "spyware" ou "stalkerware", foi encontrada durante a investigação da Polícia Civil em um bloco de notas de um celular de Eduardo de Freitas. Outro mulher também seria monitorada pelo réu.

Leia também

Segundo Emilio Simoni, executivo-chefe de segurança da PSafe, estes aplicativos ficam ativos em segundo plano, sem que o dono do dispositivo perceba, monitorando as atividades do usuário e repassando remotamente os dados armazenados.

"Tipos: os Spywares e os Stalkerwares. Apesar de terem o mesmo objetivo, de espionar o que o dono do dispositivo está fazendo, costumam ser usados de formas distintas. Os Stalkerwares precisam ser instalados por alguém de forma direta no celular da vítima, por isso tendem a ser utilizados por pessoas próximas. Já os Spywares geralmente são utilizados por cibercriminosos com o objetivo de roubar dados e senhas de outras pessoas e podem ser instalados remotamente", detalha.

Ainda segundo o especialista, alguns sinais podem ser um alerta de que o aplicativo está instalado no dispositivo.

"O aumento do consumo de energia e a ativação de recursos que o usuário não tenha feito (como GPS, por exemplo). A principal dica é ter uma solução de segurança capaz de bloquear qualquer ameaça."

Ao g1, Marcelo Jorge Ferreira, da defesa do réu, não comentou sobre as anotações do réu com relação à localização da vítima.

"No tocante ao referido ponto de supostos monitoramentos da vítima, bem como de terceiros, a defesa se manifestará exclusivamente nos autos da ação penal."

Prisão e liberdade

Eduardo de Freitas chegou a ser preso temporariamente por 60 dias pela morte de Anna Carolina, mas a Justiça não decretou a prisão preventiva. Ele foi solto mesmo virando réu por homicídio qualificado.

O Tribunal de Justiça informou que não comenta decisões e não emite nota "sobre questão jurisdicional".

"Os magistrados têm independência funcional para decidir de acordo com os documentos dos autos e seu livre convencimento. Essa independência é uma garantia do próprio Estado de Direito. Quando há discordância da decisão, cabe às partes a interposição dos recursos previstos na legislação vigente."

Segundo a investigação da Polícia Civil, enquanto Carol, como era conhecida por parentes e amigos, ainda morava em Pilar do Sul, o réu invadiu a casa dela e passou a lhe enviar fotos dos cômodos e mensagens, quando acreditou que ela estaria com outra pessoa. A bolsa dela também teria sido levada, mas devolvida depois.

Após a ida da jovem para Sorocaba, em tentativa de fuga, segundo a família dela, o ex-padrasto teria criado um perfil fake e se passado por um cliente para visitá-la na loja onde trabalhava.

Abusos sexuais

Segundo o relato da mãe da jovem à policia, há cerca de 4 anos ela achou uma foto do réu em cenas sem roupas e em horários que estaria com a Anna Carolina.

A mãe chegou a indagar a filha sobre a situação, a qual afirmou ter sofrido abusos sexuais do então padrasto desde os 14 anos. A vítima já tinha 18 anos quando a situação veio à tona. Os supostos abusos não foram denunciados à polícia, na época.

Conforme o relato da mãe, com 15 anos, a jovem chegou a viajar para Santa Catarina, em um parque temático, com Eduardo. Foram cerca de 5 dias juntos. Em outra viagem, os dois também foram sozinhos para o Mato Grosso quando ela já era maior de idade.

Depois de uma série de desentendimentos e separação da mãe de Anna Carolina com o réu, as perseguições não pararam.

O padrasto chegou a matricular-se no mesmo curso da jovem, de medicina veterinária, e tentar ficar na mesma sala de aula. Mãe e filha conseguiram medidas protetivas contra Eduardo, que não poderia se aproximar delas.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X