A mulher suspeita de matar o filho dentro de casa arrancou o próprio olho com a mão dentro do presídio, de acordo com a direção da Unidade de Pronto Atendimento de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Ela está internada separada dos demais pacientes, acompanhada por duas vigilantes.
"Ela arrancou o olho com as unhas, o pessoal do presídio disse que ela não tinha nenhum objeto na cela. O olho direito ela também tentou arrancar, mas não conseguiu, só o feriu. O pessoal que trouxe ela disse que a paciente jogou o olho no ralo", disse o diretor-geral da UPA, Paulo Renato Silva.
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A mulher foi levada à UPA no sábado (16). Na unidade foi contido o sangramento e feito um curativo. Em seguida, foi encaminhada para a Fundação Banco de Olhos, em Goiânia, onde recebeu o atendimento necessário e levada novamente para Rio Verde, onde segue internada.
Segundo o diretor-geral, ela se mantém em silêncio o tempo todo e se recusa a comer. "Estamos finalizando um laudo para pedir que ela seja transferida para um hospital psiquiátrico", disse.
Em nota enviada no domingo (17), a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que a mulher tinha demonstrado "alterações emocionais e psicológicas, tendo ferido gravemente um dos próprios olhos".
Crime
A mulher é suspeita de matar o filho, de 6 anos, na quinta-feira (14). À Polícia Civil, ela confessou o crime e disse que estava em um "estado de fúria".
"Ela acordou o filho às 4h30 da manhã para limpar a casa, e ele não quis. Ela então deu duas cintadas nele, que correu para o quintal. Em seguida, ela o executou", disse o delegado Dannilo Proto.
Segundo a polícia, a vítima foi agredida e enforcada. O delegado disse que, logo após o crime, a mãe despiu o menino e ateou fogo às roupas dele. Em seguida, conforme o delegado, ela foi amamentar o outro filho, recém-nascido, na calçada, enquanto olhava as roupas em chamas.
Ela também já teve outro filho, que morreu ainda criança em 2018. Na época, o caso foi considerado acidente, pois a mãe disse que acabou rolando sobre o menino enquanto dormia e ele morreu. Porém, agora, a polícia quer analisar novamente a investigação para ver se não há algum indício de crime.
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