Os investigadores usam a tecnologia pra rastrear os assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assassinados a tiros na última quarta-feira (15). A Polícia Civil está com os dados das cinco empresas de telefonia que operam na região do crime.
As informações coletadas são das 26 antenas de celulares do trajeto feito pelo carro da vereadora. Os agentes analisam os sinais dos telefones celulares usados no percurso.
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Imagens de uma câmera de segurança- obtidas com exclusividade pelo Fantástico - mostram que os assassinos chegaram antes de Marielle na Rua dos Inválidos na quarta-feira.
O carro dirigido por Anderson Gomes chega dois minutos depois. Marielle e mais duas pessoas descem e entram na Casa das Pretas, local do evento. Anderson volta de ré e passa rente ao carro onde estariam os assassinos.
As imagens revelam que pelo menos duas pessoas estavam dentro do carro dos criminosos. Uma vaga aparece e o carro prata estaciona. Vinte minutos, abre outra vaga e Anderson para bem na frente deles. O motorista chega a passar a pé ao lado do carro prata.
Marielle sai do evento pouco depois das nove da noite e senta no banco de trás, ao lado da assessora. Anderson parte e o carro prata vai atrás.
Logo depois, um outro carro prata passa - um Logan. O trajeto é registrado pelas câmeras. O carro branco dirigido por Anderson é seguido pelos dois carros prata.
A assessora de Marielle, que estava no carro, contou o que viu: "Foi apenas uma rajada, de um segundo, 'ta tatata', afirmou. "Foi um barulho forte, mas rápido", acrescentou. A polícia investiga se a pistola 9 mm estaria com o chamado kit rajada, que permite disparar 20 balas por segundo.
O promotor designado para acompanhar as investigações, esteve durante duas horas na Divisão de Homicídios nesta segunda-feira (19).
Na saída, Homero Feitas disse que o foco da investigação agora é descobrir o motivo do crime. Por isso, a partir desta terça vão ser tomados novos depoimentos de parentes, amigos de trabalho da vereadora.