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Salles cria grupo para estudar fusão entre Ibama e Instituto Chico Mendes

Portaria assinada pelo ministro não prevê participação da sociedade civil nas discussões sobre a fusão

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criou um grupo de trabalho para analisar uma possível fusão entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A medida está em uma portaria publicada na edição desta sexta-feira (2) do "Diário Oficial da União". A Associação Nacional de Servidores da Carreira de Meio Ambiente (Ascema Nacional), criticou a decisão do ministério que, segundo a entidade, leva Ibama e ICMBio rumo ao "desmonte das políticas ambientais" (leia mais abaixo).

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O Ibama foi criado por uma lei de 1989 e tem entre as suas atribuições:

  • exercer o poder de polícia ambiental, ou seja, fiscalizar e aplicar multas por crimes cometidos contra o meio ambiente;
  • executar ações e políticas nacionais para o setor;
  • emissão de licenciamento ambiental;
  • autorização do uso de recursos naturais.

Já o ICMBio foi criado em 2007 e assumiu algumas das funções que antes eram de competência do Ibama, como:

  • implantação, gestão e monitoramento de unidades de conservação;
  • execução de programas de pesquisa, proteção e preservação da biodiversidade.

De acordo com a portaria, o grupo de trabalho vai "realizar os estudos e análises de potenciais sinergias e ganhos de eficiência administrativa" de uma fusão entre os dois órgãos. O texto estabelece que o grupo será composto por membros do ministério, do Ibama e do ICMBio e não prevê a participação da sociedade civil nas discussões.

O prazo para a entrega do relatório com as conclusões do grupo é de 120 dias a partir da primeira reunião, cuja data não está fixada na portaria.

A ação de Salles de oficializar os estudos para a fusão dos dois órgãos acontece poucos dias depois de o Conselho Nacional do Meio Ambiente, que é presidido pelo ministro, revogar regras que protegiam manguezais e restingas.

Essa revogação, criticada por entidades que atuam na proteção ao meio ambiente, acabou suspensa por decisão da Justiça nesta semana.

Já na quinta (1º), em resposta a uma ação movida pelo PT contra a decisão do Conama, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou que a Salles que preste, em 48 horas, informações sobre a revogação.

O Conama é responsável por estabelecer as diretrizes para licenças ambientais e normas para manter a qualidade do meio ambiente, que têm força de lei. Ele reúne representantes do governo e também da sociedade civil, mas um decreto do presidente Jair Bolsonaro encolheu a participação da sociedade civil no conselho, de 22 votos para quatro.

A criação do grupo de estudos ocorre ainda em meio ao aumento das críticas ao Brasil, inclusive internacionais, devido à política ambiental adotada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, ao aumento do desmatamento da Amazônia e à devastação provocada pelos incêndios no Pantanal.

Associação critica fusão

A Associação Nacional de Servidores da Carreira de Meio Ambiente (Ascema Nacional) criticou, em nota, a possíveis fusão entre Ibama e ICMBio.

"A criação de um Grupo de Trabalho para estudar a extinção do Instituto Chico Mendes e sua incorporação ao Ibama é totalmente inoportuna e problemática. O GT é composto por policiais militares e indicados políticos ligados à bancada ruralista que não tem conhecimento da temática ambiental. Todas as ações que o governo adotou até o momento vão no sentido de enfraquecer e deslegitimar os órgãos de Meio Ambiente, diminuindo o orçamento e desqualificando as ações dos servidores", diz a nota.

Para a Ascema, "a estratégia declarada do governo é militarizar a política ambiental" e a fusão levará ao "enfraquecimento dos órgãos ambientais."

"O patrimônio natural e a sociedade brasileira continuarão sofrendo as consequências da incompetência técnica de um governo que se pauta pela ideologia, em detrimento da ciência", finaliza a nota.

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