O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, durante transmissão ao vivo nas redes sociais realizada nesta quinta-feira (21/05), ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que não libere a íntegra do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
A reunião foi mencionada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, o que resultou na abertura de um inquérito na Suprema Corte para apurar suposta interferência do presidente na corporação.
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O decano Celso de Mello recebeu a gravação na segunda-feira (18/05) e deve decidir até o fim desta semana se torna público todo o conteúdo do vídeo ou apenas os trechos que fazem referência explícita ao inquérito.
"Eu tô adiantando a decisão do ministro Celso de Mello: não tem nada, nenhum indício de que porventura eu interferi na Polícia Federal naquelas duas horas de fita. Agora, só peço: não divulga a fita toda. Tem questões reservadas, tem particularidades ali. O resto, o que eu falei, tem dois pedacinhos de 15 segundos que eu falei de política externa que não pode divulgar. O resto, divulga. Tem bastante palavrão, tá? Peço pro pessoal não assistir, é uma reunião reservada. Se o ministro resolver divulgar, vou cumprir a decisão judicial, tá certo?", disse Bolsonaro durante a transmissão.