Um torcedor do Atlético-GO foi preso suspeito de injúria racial contra o zagueiro Eduardo Bauermann, do Paraná, durante o jogo entre as duas equipes, na noite de sexta-feira (15), em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o torcedor xingou e fez gestos imitando um macaco, direcionados ao jogador, logo após o time goiano perder um pênalti, aos 26 minutos do 2º tempo.
O jogo aconteceu no Estádio Antônio Accioly, no Setor Campinas, e terminou 1 a 0 para os donos da casa.
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Em nota, o Atlético-GO disse que "repudia casos de racismo em qualquer esfera" e salientou que o zagueiro, vítima das ofensas, defendeu o clube em 2017 e "honrou a camisa". O clube pediu a investigação do caso e responsabilização dos envolvidos e alertou que irá estudar uma forma de punir pessoas que pratiquem atos discriminatórios em seu estádio (veja a íntegra ao final do texto).
O G1 entrou em contato com a assessoria do Paraná na manhã deste sábado (16), por email, e aguarda retorno.
De acordo com o boletim de ocorrência, após o fim da partida, Eduardo Bauermann, que ficou na reserva e já atuou pelo Atlético-GO, procurou a Polícia Militar para dar queixa. Com a ajuda de testemunhas que também presenciaram o fato, a corporação localizou e prendeu o torcedor.
O torcedor, o jogador e algumas testemunhas - incluindo outros atletas - foram levados para a Central de Flagrantes da capital.

Ele foi autuado pelo crime de injúria racial, previsto no Artigo 140 do Código Penal e, cuja pena, em caso de condenação, é de até 3 anos.
A polícia estipulou fiança no valor de R$ 3 mil, mas como ele não teve como pagar, permanece preso.
Nota do Atlético-GO:
O Atlético Clube Goianiense repudia casos de racismo em qualquer esfera, principalmente no futebol, que é o campo onde o clube está diretamente envolvido. O atleta Eduardo Bauermman foi jogador do Atlético em 2017 e honrou a camisa do clube. Esperamos que o caso seja investigado e o criminoso responsabilizado pelo acontecimento. Durante a semana o clube irá estudar formas de punir qualquer pessoa que pratique atos de racismo e/ou homofobia dentro das dependências do Estádio Antônio Accioly. O Atlético se reconhece como clube de TODAS as famílias.