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Veja a cronologia do caso que envolve jornalista, Feliciano e seu assessor

Patrícia acusa deputado de abuso e diz que foi ameaçada por assessor. Polícia descarta sequestro e apura se ela fez falsa comunicação de crime

Uma série de denúncias envolvendo o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), seu chefe de gabinete e uma jornalista ainda não foi esclarecida. Há acusações de abuso sexual, sequestro, cárcere privado, falsa comunicação de crime e extorsão em um caso com várias reviravoltas.

A jornalista e estudante de direito Patrícia Lelis, de 22 anos, acusou o pastor de abuso sexual e também registrou boletim de ocorrência em São Paulo contra o chefe de gabinete de Feliciano, Talmo Bauer. Segundo ela, Bauer a ameaçou com uma arma para que ela realizasse vídeos nas redes sociais desmentindo o abuso sexual. Feliciano e Bauer negam as acusações.

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Por ter foro privilegiado, a polícia paulista não investiga Feliciano, mas apenas as acusações da jovem de que ela foi mantida em cárcere privado por Talmo Bauer para que mudasse a versão. Esta hipótese já foi descartada pela polícia. O delegado Luiz Roberto Hellmeister apura se a jornalista cometeu falsa comunicação de crime e extorsão.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que é procuradora especial da Mulher no Senado, protocolou ofício junto ao Ministério Público do Distrito Federal pedindo investigação sobre o deputado pela suposta tentativa de estupro. O PSC também criou uma comissão interna para apurar o caso.

Veja a sequência de fatos na história:

30/07- Patrícia viaja de Brasília a São Paulo e se hospeda no hotel San Raphael, no Centro.

02/08- As denúncias da jovem são divulgadas na coluna Esplanada, do UOL, sem provas. A jovem alega que esteve no apartamento de Feliciano em 15 de junho, quando o parlamentar pediu para que ela comparecesse a uma reunião. Segundo a jornalista, não havia reunião, e Feliciano tentou o abuso sexual.

03/08- Circulam na internet áudios em que a jovem diz que foi abusada sexualmente pelo deputado Marco Feliciano durante conversa com o assessor do deputado, Talmo Bauer.

"Com todas as letras, ele deu em cima de mim mesmo de uma forma assim descarada. Me levou a fazer coisas à força, que eu tenho prova disso. Dentro da casa dele, falou que ?tava tendo reunião na UNE. Pra eu ir pra lá. Cheguei lá, e não tava tendo. Ele não me deixou sair, fez coisas à força. Eu tenho a mensagem para ele: 'Feliciano, a minha boca ficou roxa'. Ele ri e diz: 'Passa um batom por cima'. Eu tenho todas essas provas."

Depois, a jovem gravou dois vídeos, publicados na internet, em que desmente ter feito qualquer tipo de acusação contra Feliciano.

"A todos esses jornalistas que me ameaçaram dizendo que eu tinha que contar a verdade, tô aqui falando a verdade. A verdade é que vocês estão mentindo, tá em época de eleição... O pastor Marco Feliciano é uma pessoa íntegra com a qual eu tenho um contato muito bom, sempre muito bom respeitoso, muito amigável. Então, não propaguem mentiras", diz Patrícia Lélis em uma das gravações.

05/08-  Patrícia alega a jornalistas que está sendo ameaçada por Bauer e é encaminhada à Corregedoria da Polícia Civil, já que o assessor de Feliciano é investigador da Polícia Civil aposentado. Da Corregedoria, é levada para o 3º Distrito Policial, no Centro de São Paulo, onde registra boletim de ocorrência.

Em depoimento, a jovem diz que sofreu abuso sexual de Feliciano, que tentou tirar seu vestido com violência e propôs que ela fosse sua amante, com cargo no partido e salário de R$ 15 mil. Ela disse que negou e que conseguiu fugir do local.

No dia seguinte, a jornalista disse que procurou Denise, do PSC, para discutir o ocorrido e que recebeu proposta de dinheiro do presidente do partido, Pastor Everaldo, para que esquecesse o ocorrido.

Patrícia disse ainda em depoimento que, na semana que passou hospedada em São Paulo, Bauer o procurou diversas vezes armado, ameaçando-a de morte para que fizesse vídeos desmentindo o ocorrido.

23h - 05/08- Bauer foi detido para depoimento e liberado horas depois. Ao sair da delegacia, em entrevista à TV Globo, o assessor disse que tinha ido prestar esclarecimentos "sobre uma menina que veio fazer uma falsa comunicação de fatos". "Isso me parece que é uma perseguição política. As esquerdas estão aí, querendo derrubar todo mundo, mas nós estamos firmes, com Jesus venceremos", disse Bauer ao ser liberado.

A decisão de liberar Bauer, segundo o delegado responsável pelo caso, Luiz Roberto Hellmeister, ocorreu porque surgiu uma nova testemunha, um amigo que estava com Patrícia no hotel. A testemunha negou que Bauer estivesse armado durante a gravação dos vídeos, negou ameaças contra a jornalista e disse que guardou R$ 20 mil que Bauer deu a Patrícia.

Tanto Patrícia como Bauer negaram a transação envolvendo o dinheiro, que foi apreendido.

06/08- Feliciano se manifesta pela primeira vez. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado nega o assédio e diz que Patrícia inventou os fatos e que a perdoa por isso.

"Embora eu esteja machucado, com minha família toda sofrendo, eu não vou julgar essa moça. Eu perdoo ela. Embora eu espere que ela seja responsabilizada pela falsa comunicação do crime [de assédio sexual], eu perdoo ela", disse o deputado.

Na gravação, feita ao lado da mulher, Edileusa Feliciano, o deputado também chora ao falar do apoio que recebeu da filha mais velha e diz que as pessoas que ama acreditam na sua inocência.

07/08- Começam a surgir nas redes socais áudios gravados por Patrícia da negociação com Bauer em um café em Brasília. Num deles, a mulher diz que quer continuar no partido e pergunta se querem oferecer dinheiro ela. Em seguida, afirma que não quer dinheiro.

Em outra gravação, Patrícia diz um amigo seu recebeu apenas R$ 10 mil, e Bauer afirma que tinha dado R$ 50 mil. Ela então diz que vai ligar para o amigo e que ele merecia uma "coça".

Também surgem áudios de conversas telefônicas dela com Bauer sobre o caso e uma suposta conversa de WhatsApp dela com Feliciano, cuja autenticidade não é confirmada.

Patrícia registra outro boletim de ocorrência contra Feliciano, Bauer e o amigo em Brasília, por abuso sexual e cárcere.

08/08- Mais uma reviravolta no caso. A Polícia Civil de São Paulo ouve o depoimento do gerente do hotel em que Patrícia ficou hospedada na capital paulista e recebe imagens de câmeras de vigilância do hotel. As imagens mostram a jornalista em clima descontraído com Bauer no saguão, abrançando-o. Foi também Bauer quem pagou a conta dela no hotel.

Com base nas imagens, o delegado Luiz Roberto Hellmeister descarta a hipótese de que o assessor de Feliciano manteve a jornalista como refém.

Patrícia Lélis vai à Procuradoria Especial da Mulher no Senado para fazer denúncias de abuso sexual contra Feliciano. Elas foram encaminhadas ao Ministério Público.

10/08- A Polícia Civil divulga as imagens das câmeras de segurança do hotel que, conforme a Polícia Civil, derrubam a versão de Patrícia Lelis de que foi feita refém por Talma Bauer. Com base nesses vídeos e em áudios entregues à polícia, o delegado Luís Roberto Hellmeister disse que vai investigar se a jornalista cometeu falsa comunicação de crime e extorsão.

11/08- A Polícia Civil de São Paulo ouve novas testemunhas que relataram que, no período em que esteve hospedada em São Paulo, Patrícia gastou R$ 700 em maquiagem em um shopping antes de filmar os vídeos desmentindo as acusações contra Feliciano.

O delegado marca novo depoimento do assessor Bauer e apura outras notificações de abuso sexual feitas pela jornalista antes de o caso envolvendo Feliciano vir à tona.

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