O Zoológico do Rio, fechado na última quinta-feira (14), permanecerá sob embargo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) até, pelo menos, a próxima segunda-feira (25). Em reunião com representantes da Secretaria Municipal de Ambiente (SMAC), Ministério Público Federal (MPF) e Ibama decidiram, na manhã desta terça-feira (19), que o espaço continuará fechado até que o poder municipal garanta o bem estar mínimo dos animais e atendimento adequado aos visitantes.
"Alguns setores são imprescindíveis para o funcionamento do zoológico. O Extra, que é um dos espaços mais importantes e fica fora da área de visitação pública, precisa manter uma condição ideal de funcionamento para que os animais sejam isolados e recebam tratamento adequado quando estão doentes, feridos ou estressados", defendeu o chefe da fiscalização do Ibama no Rio, Vinícius Modesto de Oliveira. Hoje, os 38 recintos do setor Extra estão praticamente desativados por falta de manutenção, informou o Ibama.
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De acordo com o fiscal, técnicos do Ibama e MPF fizeram uma nova visita ao espaço nesta segunda-feira (18) e foi constatado que ainda há muito o que se fazer. "Atualmente a condição é muito precária. Ainda identificamos telas e portas quebradas", exemplificou Modesto de Oliveira.
Segundo ele, até a próxima sexta-feira (22) o órgão federal irá repassar para a prefeitura uma avaliação quantitativa das melhorias solicitadas pelo Ibama à prefeitura carioca. A entidade considerou positiva a iniciativa da prefeitura de usar órgãos próprios para revitalizar o zoológico, o que dispensaria a necessidade de licitação para que mudanças efetivas já começassem a ser vistas. Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva), Fundação Parques e Jardins e Comlurb seriam alguns dos órgãos acionados para o trabalho.
O encontro com representantes da SMAC ocorreu na sede do MPF, no Centro do Rio. Lá, a prefeitura pretendia conseguir que o zoológico fosse reaberto com base em um cronograma de adequações do estabelecimento segundo exigências feitas pelo Ibama e MPF. O município prometeu finalizar as reformas em até 90 dias. Até esta terça, a multa diária aplicada à prefeitura já chega a R$ 5 mil. Na próxima segunda, já serão R$ 11 mil.
Segundo a secretaria, a prefeitura do Rio já começou a fazer melhorias no espaço e "as operações internas que garantem a qualidade de vida dos animais, como alimentação, hidratação e cuidados veterinários, serão mantidas".
A pasta informou que estão previstas ações como reforma das áreas de reprodução, do Viveirão e do Corredor dos Cervos, pintura, novas telas de segurança, enriquecimento ambiental e ponto de fuga (locais para que os animais possam se esconder da visão humana).