Uma mulher norte-americana descobriu um tipo raro de câncer a partir de uma coceira que sentia entre os dedos dos pés. O caso aconteceu com Amy Jardon, quando ela tinha 40 anos, em janeiro de 2015, e acabou levando-a a fazer uma cirurgia para a retirada do tumor.
Amy tinha um melanoma acral, um tipo raro de tumor que representa apenas 3% do total diagnósticos de câncer de pele. Ele ocorre exclusivamente em pés, mãos, unhas e dedos. O melanoma acral costuma ter fácil tratamento se descoberto com antecedência, mas os casos demoram a chegar no consultório médico por serem confundidos com micoses ou com manchas simples.
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Ao contrário da maioria dos cânceres de pele, que são causados por lesões solares, esse tipo de melanoma tem causa desconhecida. Suspeita-se de que ele está mais associado ao roçar da pele – no caso, o atrito entre os dedos – e por isso ocorre igualmente em pessoas de diferentes tons de pele. Como Amy era uma corredora de fim de semana, ela convivia com essa fricção constantemente.
Médicos achavam que era exagero dela
O que levantou as suspeitas de Amy foi notar que o espaço que ela coçava sem parar tinha uma mancha do tamanho da ponta de um alfinete na qual ela nunca havia reparado. Ela suspeitou logo de início de um câncer, mas apesar disso foi desencorajada pelo médico.
“Falei com meu médico e ele disse que aquilo não era nada. Insisti e pedi um exame que deveria sair rapidamente, mas o resultado começou a demorar e tive certeza de que havia algo de errado”, afirmou Amy em sua campanha on-line para arrecadar fundos para o tratamento de outras pessoas com a condição.
A confirmação do câncer quase levou Amy a uma depressão já que sua mãe havia morrido recentemente vítima da doença e sua irmã também havia recebido um diagnóstico. Amy, no entanto, teve uma cirurgia bem sucedida e hoje em dia é uma advogada ligada à defesa dos direitos dos pacientes com câncer.