Ele tem uma longa trajetória no samba e pagode. Compositor, instrumentista e cantor. Durante 9 anos fez parte do grupo “Os Morenos” , e desde 2004 se dedica a sua carreira solo.
Nesta semana ele lança nas plataformas de streaming o álbum “Minha razão de viver” e estreia a roda de samba “Meu amigo Charles” no berço dos bambas, no bairro de Madureira, zona norte do Rio de Janeiro.
A coluna Julie Alves te convida para conhecer esse múltiplo talento do samba que não pode e não deve parar!

Vamos começar falando do Charles André compositor. Nossa, é muita imaginação para mais de trezentas composições gravadas. Nos conta um pouco sobre isso?
Opa! Pra mim é tudo muito natural, fui compondo, compondo e compondo, quando parei pra contar, até eu fiquei surpreso com a quantidade, e quando olho pra trás tenho orgulho de onde nós já conseguimos chegar simplesmente cumprindo meu dom divino de compor.
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Mas essas composições são feitas somente para você cantar, ou outros artistas?
São feitas para fortalecer o nosso seguimento e exaltar a bandeira do samba. O mais importante é que chegue no coração das pessoas e faça bem. Pode ser por intermédio de um grupo, cantor, cantora ou até mesmo por mim. Eu sempre fico feliz quando elas saem do papel e chegam no povão.

Durante muito tempo você fez parte do grupo “Os Morenos”, que teve seu auge do sucesso nas décadas de 90 e 2000. Conta pra gente sobre esse momento.
Foi um momento mágico do pagode. Estávamos no lugar certo na hora certa, foi uma época que com uma música de sucesso os artistas ganhavam disco de ouro, participavam dos grandes festivais, programas de TV etc. Que saudade...

Mas lembro de você como instrumentista, como aconteceu essa descoberta de seguir a carreira solo como cantor?
Sempre cantei nos discos do Grupo “Os Morenos”, éramos quatro cantores. Com a saída do Waguinho em 2000, me tornei o cantor principal até minha saída em 2004. Com o sucesso das minha composições em outros grupos, meu antigo empresário me aconselhou a trilhar a carreira de “cantautor” de suas próprias obras de sucesso, uma versão pelo lado do autor, a exemplo de Jorge Aração e Arlindo Cruz entre outros. Assim foi feito e já estamos no quinto projeto.

Quem é Charles André ?
Músico, cantor e compositor, advogado, ex-jogador de futebol e pagodeiro de coração.


E você está com um álbum novo e vai estrear um pagode de raiz. São muitas novidades para esse finalzinho de ano. Me conta um pouco desse novo passo?
Sim, mais um álbum na praça e a ansiedade e o frio na barriga de sempre, mas o melhor de tudo é sensação de ter dado mais um passo pra frente na carreira como um todo. E a melhor maneira de celebrar, é fazendo o que mais gosto que é cantar samba. E dessa vez na minha própria roda de samba, que felicidade...

E o que vem mais por aí? Rola um spoiler?
Em fevereiro de 2024 lanço a primeira do EP “Tô on Line”, com seis faixas gravadas ao vivo em Guaratiba-RJ e com os meus grandes sucessos, tudo no formato áudio visual. Foi gravado em setembro e está em fase final de masterização e mixagem. Vamos em frente e um grande abraço
