Estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) revela que Alagoas é o penúltimo estado do Nordeste e 22º do País em inovação, índice que tem como objetivo identificar os principais pontos relacionados à Inovação, bem como mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram. Segundo o documento, o Estado recuou duas posições na ranking nacional entre o ano passado e este ano.
Para medir o nível de inovação, a federação analisa cada unidade da Federação em duas categorias: capacidade e resultados, que avaliam o ambiente inovador e medições da inovação em si. "Dessa forma, o Índice oferece munição informacional para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil. Como os dados são desagregados em dez indicadores e dois índices, a solução dos entraves fica mais direcionada", explica a Fiec, em nota.
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O Índice de Capacidades mede cinco elementos: Instituições, Investimento em Ciência e Tecnologia, Inserção de Mestres e Doutores na Indústria, Capital Humano (Graduação) e Capital Humano (Pós-Graduação). Já o Índice de Resultados avalia outros cinco aspectos: Propriedade Intelectual, Produção Científica, Intensidade Tecnológica, Infraestrutura da Inovação e Competitividade Global.
O estudo revela que Alagoas ocupa o 24º do ranking em qualidade da pós-graduação e produção científica. A melhor colocação do Estado em investimento público em ciência e tecnologia, instituições, propriedade intelectual e infraestrutura de inovação, itens em que ocupa o 15º lugar no País.
"Alagoas vai razoavelmente bem em Propriedade Intelectual, sendo o 15º do Brasil e 4º do Nordeste no indicador. Em termos regionais, pode ser considerado intermediariamente posicionado em Instituições e Investimento Público em Ciência e Tecnologia. Nestes pontos, encontra-se entre os 6 primeiros colocados do Nordeste", informa a Fiec.
Seus maiores entraves para a inovação atualmente são Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação) e Produção Científica. No primeiro, isto indica uma baixa quantidade de concluintes de Ensino Superior em áreas tecnológicas, além de indicar baixa quantidade de concluintes de Pós-Graduação em áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. No segundo, isto indica uma baixa quantidade de artigos científicos nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.