O preço médio do etanol comercializado nos postos alagoanos registrou a maior alta do País na semana passada, na comparação com a semana anterior. Segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do combustível subiu 4,06%, atingindo R$ 3,461. Foram pesquisados 56 postos no Estado.
De acordo com o levantamento da ANP, a maior alta foi registrada nos postos de Delmiro Gouveia, onde o etanol atingiu 4,087. Já o menor valor médio foi encontrado em Arapiraca, a R$ 3,232. Segundo a agência, o preço médio do etanol subiram em 20 Estados e no Distrito Federal. Houve queda em cinco Estados brasileiros e estabilidade no Amapá.
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O menor preço, segundo o levantamento, aconteceu no Amazonas, com recuo de 1,28% - fazendo com que o preço médio ficasse em R$ 3,329. Na média dos postos pesquisados pela ANP houve alta de 1,57% no preço médio do etanol na semana passada ante a anterior, de R$ 3,060 para R$ 3,108.
GASOLINA
O levantamento da ANP mostra também que o preço médio da gasolina comercializada nos postos aumentou 0,86% na semana passada, ante a semana anterior. Na média dos postos pesquisados, o valor do combustível passou de R$ 4,525 para R$ 4,564. Com isso, o preço médio do etanol não é vantajoso em relação a gasolina em Alagoas.
De acordo com a ANP, o valor do combustível derivado de cana só é vantajoso nos postos de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. A ANP considera que o etanol tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Para saber se o combustível é vantajoso, basta dividir o preço do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, o derivado da cana-de-açúcar é o melhor para abastecer. No caso de Alagoas, o resultado é de 0,75.
ALTA
Nesta segunda-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reconheceu que o preço dos combustíveis está alto no Brasil. "Estamos fazendo o possível para baratear o preço do combustível porque reconhecemos que está alto no Brasil", disse. A declaração foi feita após encontro com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, nesta segunda.
O presidente foi até o prédio onde fica o ministério para tratar de temas ligados à área de transporte. Bolsonaro voltou a reclamar da diferença do preço praticado na bomba e nas refinarias. "Preço de combustível, lá na refinaria o preço está lá embaixo, ele cresce e fica alto por causa de quê? Impostos estaduais, ICMS basicamente. E depois o monopólio ainda que existe na questão de distribuição e nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir", afirmou.
Ele disse ainda que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre o assunto e repassado a eles as sugestões que recebe sobre preço de combustíveis. O presidente afirmou que o governo estuda medidas para simplifica a venda do etanol, mas não deu detalhes sobre de que forma isso seria feito.
"Questão do etanol nós tentamos, estamos tentando ainda, de modo que, das empresas que produzem o etanol, as usinas possam vender diretamente ao posto de gasolina. Tem caminhões de transporte de etanol que andam 400 quilômetros para entregar o etanol a um quilômetro da usina. Isso é um absurdo. Tem gente que é contra isso daí porque há interesse econômico e de grupos aqui no Brasil, não é fácil buscar uma solução para tudo, mas estamos fazendo o possível".
* As informações são da Folhapress.