As exportações alagoanas registraram uma retração de 81,7% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento divulgado nessa terça-feira (7), pela Secretaria do Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério da Economia.
De acordo com os dados, no mês passado, o Estado registrou um lucro de US$ 3,830 milhões - o equivalente a R$ 20,641 milhões no câmbio atual -, contra US$ 21,043 milhões (R$ 113,4 milhões) registrados no mesmo mês do ano passado. Em termos absolutos, a perda de receita com as exportações do Estado atingiu R$ 92,7 milhões.
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De acordo com o ministério, a retração foi provocada pela pandemia do novo coronavírus, que fechou setores da economia considerados não essenciais. O levantamento do Ministério da Economia mostra, ainda, que as importações feitas por empresas alagoanas atingiram US$ 40,35 milhões em junho - um aumento de 2,08% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram importados US$ 39,52 milhões.
Com isso, o saldo da balança comercial alagoana, medido pela diferença entre exportações e importações, encerrou junho com um deficit de US$ 36,51 milhões.
O levantamento do Governo Federal mostra, ainda, que o saldo da balança comercial de Alagoas encerrou o primeiro semestre do ano com um deficit de US$ 103,1 milhões - o equivalente a R$ 555,17 milhões no câmbio atual. De acordo com os dados, nos seis primeiros deste ano, Alagoas exportou US$ 227,5 milhões - um aumento de 34,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Em contrapartida, as importações feitas pelo Estado movimentaram US$ 330,6 milhões no período, alta de 27,7% na comparação com os seis primeiros meses de 2019. Nesse período, as exportações de açúcar representaram 90% do total mandado ao exterior pelas empresas alagoanas.
O volume representa um aumento de 41,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Em números absolutos, Alagoas movimentou US$ 204 milhões com o produto derivado da cana-de-açúcar - o que corresponde a um aumento real de US$ 59,5 milhões em relação a 2019.
Os Estados Unidos foram os principais compradores dos produtos alagoanos este ano, com um desembolso de US$ 53,7 milhões, o que representa um aumento de 155,2% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Em números absolutos, significa US$ 32,6 milhões a mais em relação a 2019.