O candidato ao governo do Estado Melquezedeque Farias (PCO) encerrou, nesta sexta-feira (14), a série de entrevistas do ALTV 1ª edição daTV Gazeta. Na ocasião, ele apresentou as propostas do partido para áreas da saúde, educação e segurança pública. Ele destacou como preocupação a Emenda Constitucional 95, que congela os gastos públicos por 20 anos.
O Partido da Causa Operária teve todas as candidaturas da chapa indeferidas pelo do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), nessa quinta-feira (13), mas informou que vai recorrer da decisão.
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Na TV, Melquezedeque avaliou os problemas estruturais do atual governo na saúde e destacou que a área é um dos pontos mais sensíveis a serem trabalhados caso seja eleito.
"A proposta do PCO é chamar todos os trabalhadores da saúde e pessoas preocupadas com o assunto para debater um projeto, um plano de fazer a saúde com uma elevação de qualidade e um patamar melhor do que no atual governo", disse ele, demonstrando preocupação com o congelamento dos gastos públicos num período de 20 anos, com a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] 95, que, na avaliação dele, pode prejudicar serviços essenciais à população.
Sobre a segurança pública, o candidato disse que se trata de uma questão socioeconômica de um estado de miséria. "Essa combinação costuma apresentar como consequência essa falta de segurança que temos hoje", criticou.
Formado em letras na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e ativista em movimentos sociais na região do Tabuleiro do Martins, Melquezedeque afirmou que a educação é uma área em que se sente à vontade para falar. A proposta do seu programa de governo é trabalhar em parceria com os servidores.
"Professores, alunos, servidores são os parceiros naturais. São trabalhadores da educação, dos conselhos e a nossa juventude. Também temos uma preocupação em alcançar as metas propostas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Sendo que a PEC 95 tende a asfixiar os recursos destinados à educação", finalizou.
Candidatura indeferida
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) indeferiu todas as candidaturas da chapa do Partido da Causa Operária (PCO). A sentença unânime tirou da disputa Melquezedeque.
Secretário-geral do partido, Juliano Simoná classificou a posição do TRE local como perseguição. "Vamos recorrer. Isso é uma perseguição. Somos um partido pequeno, contra o golpe, então o TRE está fazendo de tudo para perseguir. É normal que a Justiça seja golpista", afirmou.
As candidaturas da chapa montada pelo PCO foram indeferidas devido à rejeição do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap), um formulário que deve ser preenchido e entregue no ato do registro. O relator do processo foi o desembargador eleitoral Luiz Vasconcelos Netto e ainda cabe recurso da decisão.
Além de Melquezedeque Farias, foram indeferidas ainda as candidaturas de Élvio Lins (vice-governador), Flávia Pires (candidata ao Senado), dos suplentes Kátia Cavalcante e Nil Andrade e de Lúcia Maria Costa Cruz (deputada federal).