O ano de 2019 começou com a promessa de temporada histórica para o futebol de Alagoas. Após 32 anos, o CSA voltaria a disputar a Série A do Campeonato Brasileiro e a tornaria sua primeira participação na história dos pontos corridos. O primeiro passo foi dado na Copa do Nordeste contra o Vitória-BA, no Rei Pelé, empatou por 1x1.
Em seguida, a estreia no Alagoano e o Azulão foi derrotado pelo Dimensão Capela: 1x0. O pior estaria por vir? Sim. Derrota para o Mixto-MT e eliminação precoce na competição mais democrática do Brasil. Voltando ao Nordestão, o CSA alcançou as quartas de final, mas foi despachado pelo Botafogo-PB. No Alagoano, nada fugiu do esperado. CSA e CRB se fizeram a final e o lado azul gritou mais alto. Vitória nos pênaltis e 39º título estadual.
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O momento tão esperado chegou, era hora de viver o sonho da Série A. E se tornou tornar pesadelo já na primeira rodada com a goleada por 4x0 aplicada pelo Ceará, no Castelão. Rodadas depois, o time mostrou garra dentro de casa ao empatar com Palmeiras e Santos, só que longe de Maceió empilhava derrotas. Nisso, caiu Marcelo Cabo e chegou Argel Fucks. No dia 18 de agosto, finalmente a primeira vitória fora de casa, 1x0 sobre o Flu, no Maraca.
A temporada azulina foi marcada por polêmicas extracampo. Em reunião com torcedores, Argel Fucks teve um áudio vazado onde criticou o planejamento idealizado por Cabo, chamando os jogadores de "cabeça de bagre". Depois, surgiu Jordi, que divulgou um vídeo criticando as refeições entregues pelo clube: "Cadê o talher?".
A campanha em si não foi boa e o rebaixamento à Série B foi inevitável. O fator positivo disso? A bela exibição da torcida azulina nas arquibancadas, que demonstraram a força vinda do Mutange.

CRB
No Galo, o ano começou pressionado pelo torcedor regatiano para conquistar o acesso à elite nacional já que o maior rival havia conseguido o feito. O pontapé inicial do Galo foi no Campeonato Alagoano, vitória por 1x0 sobre o Coruripe, e esperança de fazer um Estadual positivo para chegar ao título e quem sabe desbancar o maior rival.

Ao final da primeira fase da competição, classificação na primeira posição e tudo correndo perfeitamente. Eliminou o Jaciobá e chegou a grande final contra o CSA. Seria hora de conquistar a 31ª taça estadual? Não se tivesse um ex-jogador do Galo vestindo azul e branco.
Derrota na primeira partida, gol de Robinho, e troco dado na volta, gol de Hugo Sanches. Nos pênaltis, brilhou o ex-goleiro regatiano João Carlos e o Galo amargou o vice campeonato alagoano. Na Copa do Nordeste, uma campanha boa, mas eliminação nas quartas de final para o Santa Cruz, também nos pênaltis.

Veio então a Copa do Brasil, a história foi diferente e o time chegou a terceira fase da competição nacional. Deixou pelo caminho Brasiliense e Goiás, mas viu o fim da participação acontecer no duelo com o Bahia após um empate por 1x1 no Rei Pelé, derrota por 1x0 na Fonte Nova, gol aos 51 do segundo tempo..
Na Série B, a obrigação de conquistar o acesso. Em contrapartida, o Galo tropeçou nas próprias "asas". A equipe comandada por Marcelo Chamusca, a medida em que era gigante longe de casa, carregando o status de melhor equipe visitante, ficava pequena em Maceió e deixou escapar a perdeu várias partidas no Trapichão e deixou escapar outro ano o acesso. Restou ao torcedor regatiano a decepção, frustração e a pergunta: Porque não eu na Série A?

ASA FRUSTRAÇÃO
O Alvinegro contou com um cenário diferente das duas maiores forças de Alagoas. A equipe arapiraquense teria em disputa apenas o Alagoano e a Série D. Apesar do primeiro semestre ser voltado apenas ao Estadual, o Fantasma protagonizou um vexame, talvez o maior da bela história.
O ASA não foi "Gigante", como sua torcida o intitula. Em meio a crise financeira o time amargou a vice-lanterna do Campeonato Alagoano com apenas sete pontos e eliminação ainda na primeira fase.

Restava a quarta divisão nacional e a tentativa de um acesso à Série C para se manter no cenário nacional na próxima temporada. Parecia que iria, mas não aconteceu.
Na primeira fase, tudo se encaminhou com uma classificação na vice-liderança do Grupo A7. Veio a segunda fase e com ela a eliminação para o Itabaiana-BA. O time alagoano venceu a primeira partida por 2x0, no Municipal, mas na volta acabou goleado por 4 a 1 e adeus ao calendário nacional.
JACIOBÁ SURPREENDE
Já a surpresa do futebol alagoano ficou por conta do Jaciobá. A equipe de Pão de Açúcar, que havia sido campeã da segunda divisão, chegou à elite como um dos candidatos ao rebaixamento e surpreendeu. Desbancou CEO, Murici, o próprio ASA e o Dimensão Capela e garantiu a quarta vaga das semifinais.

Na fase eliminatória, por sua vez, não teve o mesmo sucesso e após dois resultados negativos para o CRB, o Azulão do Sertão deu adeus as chances do primeiro título estadual de sua história.
Apesar da eliminação, a vaga na Série D poderia vir com o terceiro lugar. Na disputa, desbancou o tradicional Coruripe, carimbou o terceiro lugar e a vaga na Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro em 2020.