O CSA está passando por uma situação difícil na Série C do Brasileirão. Sendo o único time que ainda não venceu após nove rodadas, o Azulão está na zona de rebaixamento e vê as chances de queda aumentarem a cada rodada.
Tendo em vista a situação, a diretoria corre contra o tempo para conseguir achar ferramentas que ajudem o clube a escapar dessa situação. O recém-contratado Carlos Bonatelli, novo executivo do clube, é quem encabeça a reformulação nos bastidores.
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O dirigente foi entrevistado no programa Bola Quente na Gazeta 94.1 FM, na noite dessa quarta-feira (19), onde admitiu que há dificuldades evidentes para ir ao mercado.
"A situação é delicada, não tem como negar. Na tabela, está complicado, o desafio é gigantesco. Estamos literalmente reestruturando o clube no meio da competição. Sabemos dos problemas que vamos enfrentar ainda. Mas estamos cientes das condições que temos para sair dessa situação. Estamos pagando em dia, temos estrutura para desenvolver um bom futebol", disse Bonatelli.
No quesito contratações, o dirigente foi honesto em afirmar que o CSA está encontrando alguns problemas para fechar com atletas. Alguns pretendidos pela equipe estão esperando oportunidade na Série B, em julho. Por isso, o executivo está tendo que negociar bem com novos nomes.
"A situação na tabela complica nas contratações. Alguns atletas acabam preferindo aguardar outra situação. Mas a grandeza do clube desperta atenção de outros atletas. Precisávamos diminuir a média de idade do time em campo, foi visível isso no último jogo. Identificamos características que precisamos. A oportunidade de jogar no CSA encanta muita gente e é isso que temos procurado", afirmou.
Bonatelli relembrou as recentes dispensas de alguns jogadores. Ao todo, nove foram embora para dar espaço a novas contratações.
"O ambiente, quando eu cheguei, observei que estava um desânimo geral pelos resultados. O ambiente do CT fica isolado daquilo que acontece na parte política e tentamos isolar os atletas de todas as formas. As saídas tiveram um impacto, muitos ficam chateados com os desligamentos, mas foram por questões esportivas. Precisávamos agir para escapar dessa situação. Houve um abalo, mas os atletas entenderam que a ação tomada foi tentando reagir no campeonato", disse.
Confira outro tópicos da entrevista
NOVOS REFORÇOS
"Tínhamos um elenco enxuto, a gente repôs algumas posições. Mas a gente ainda carece de alguns reforços. Estamos buscando finalizar situações. Temos um fluxo de janela das Séries A e B. E da Série B impacta na nossa. Jogadores mais cascudos esperam essa janela. Temos um limite de contratações por empréstimo e isso reduziu essa possibilidade. Estamos bem limitados. O que for possível e viável para reforços, o clube está disposto a fazer".
NOVOS CUSTOS
"Sobre as saídas, fizemos tudo de maneira racional, dentro do financeiro, da entrega desportiva, custo-benefício. Precisava tomar essas decisões, que podem parecer loucura, mas ao nosso ver foram necessárias para mudar a característica da equipe dentro de campo".
MARQUINHOS MOSSORÓ
"Todas as mudanças que ocorreram no CSA é consequência dos resultados. Mossoró é super dedicado, identificado com o clube. Foi muito mais questão de momento, as mudanças acabaram tornando-se necessárias. Vamos buscar reestruturar, não só no profissional como na base".
ACESSO
"Série C tudo pode acontecer, é um campeonato muito embolado. Nosso foco hoje é sair da situação da zona de rebaixamento. Agora, também, o quanto antes a gente sair, podemos ou não ter condição de brigar pela classificação. Histórico mostra que times que têm essa arrancada podem conquistar. Depende da gente, é possível".
2025
"Foco total é Série C. Em paralelo estamos fazendo o planejamento para o próximo ano. O direcionamento será de acordo com nosso resultado de campo. Passo a passo. Ao contratarmos, isso [calendário] é analisado por eles. Não podemos comprometer o orçamento para o próximo ano. São atletas extremamente pontuais que podem ser contratados em um prazo mais longo".
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