O meia Mezut Özil não vai baixar seu salário em 12,5%, como o restante do elenco e da comissão técnica do Arsenal. É isso que afirma o jornal The Sun. A decisão do atleta causou uma grande repercussão na na Inglaterra: ele foi duramente criticado por algumas personalidades, mas o prórpio The Sun lembrou as ações de caridade do alemão. Além de Özil, outros dois jogadores recusaram a proposta de redução dos pagamentos feita pelo clube.
O ex-lateral direito Gary Neville afirmou que a recusa do jogador alemão mostra a complexidade da situação com discordâncias entre times e jogadores e entre os próprios clubes também. Com isso, ele acredita que "o futebol está se matando de dentro para fora".
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- O princípio de não estar junto como um grupo é indefensável. Eu não gostaria de ser um dos três que não concordaram com o resto do grupo, acho que isso os isolará em todas as decisões tomadas daqui para frente - avaliou o ex-lateral.
O apresentador do programa matinal Good Morning Britain, Piers Morgan, foi além. Ele detonou a postura de Özil, jogador com o maior salário do Arsenal, recebendo cerca de 350 mil libras por semana (R$ 2,2 milhões).
- Você deveria se envergonhar, Mezut Özil. Alguns jovens jogadores, que têm muito menos dinheiro, estão reduzindo o salário em 12,5%, e você não quer?
"Os jogadores às vezes ganham uma reputação ruim. Isso mostra como alguns jogadores merecem uma reputação ruim."
No entanto, o The Sun destacou as boas ações feitas pelo jogador. De acordo com a publicação, o atleta alimentou 100 mil pessoas em campos de refugiados na Turquia no passado, assim como pagou pela operação de mil crianças ao redor do mundo.
Uma dessas iniciativas ocorreu no Brasil: ele doou as 240 mil libras a que teve direito com a conquista da Copa do Mundo de 2014 para ajudar crianças doentes.