No último jogo entre o Portuguesa e CSA, pela atual edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, alguns torcedores do Azulão foram alvos de xingamentos xenófobos de alguns torcedores da Lusa.
Após o empate por 2 a 2 na tarde desta sexta-feira, no Canindé, com as duas equipes já eliminadas do torneio, atletas do CSA ouviram gritos marcados por preconceito, tais como "escravos", "volta para sua terra", "paraíbas" e "vieram para cá trazer mosquito".
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Ao tomar conhecimento da situação, a diretoria da Portuguesa emitiu nota oficial com um pedido de desculpas e tratou as ofensas como xingamentos xenófobos. "Nossa torcida não se representa por esse tipo de atitude", diz trecho do texto.
O caso não é o primeiro de intolerância na atual edição da Copinha. Na quinta-feira, o goleiro Túlio, do Sport, foi alvo de ofensas homofóbicas por parte da torcida do Audax, durante partida realizada em Osasco. Os xingamentos foram registrados em súmula pelo árbitro Thiago Luis Scarascati, que tentou paralisar a partida até que os gritos acabassem.
Veja a íntegra da nota oficial:
"É com profundo pesar que tomamos conhecimento de xingamentos xenófobos contra os jogadores do CSA, que estiveram em nosso estádio nessa sexta-feira (10), para a disputa da Copa São Paulo de futebol Júnior.
Uma pequena parte de nossa imensa torcida, ao final do jogo, proferiu palavras que não representam o sentimento dessa instituição. Em alguns meses completaremos 100 anos de uma história construída com o suor de imigrantes. Por isso, a Associação Portuguesa de Desportos vem a público repudiar qualquer manifestação desse tipo, ainda mais em nossa própria casa. No Canindé todos sempre serão bem-vindos e bem tratados, porque essa é a nossa verdadeira cultura.
Pedimos desculpas aos jogadores e torcedores do CSA pelo triste episódio de hoje. Nossa torcida não se representa por esse tipo de atitude."