Agentes penitenciários do Presídio do Agreste, situado em Girau do Ponciano, apreenderam drogas e armas artesanais durante uma inspeção realizada nos módulos da unidade, nesse sábado (10). A quantidade de materiais é fruto da separação feita há pouco tempo, entre os membros de duas facções criminosas existentes no presídio.
Segundo informações do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen/AL), Kleyton Anderson Bertoldo, os agentes deram início a uma inspeção minuciosa no pátio e em todas as celas da unidade prisional, encontrando várias armas de cunho artesanal, dentre elas, facas que serviam para serrar as grades durante as tentativas de fuga. Além disso, os servidores encontraram uma quantidade de drogas não especificada.
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"Não se sabe como os materiais entraram ali dentro. Sempre há essas inspeções, mas a de ontem apreendeu um grande número de armas devido à separação feita entre integrantes de duas facções, de forma que os detentos se armam para qualquer confronto que venha a existir", explicou o sindicalista.
Kleyton também lamentou as deficiências do sistema de gestão público-privada no Presídio do Agreste, que é administrado por uma empresa e, em paralelo, conta com o trabalho dos agentes para as fiscalizações e o controle de situações, como motim e rebelião.
"Se encontramos todo esse material nas celas, a responsabilidade é da empresa privada também, que administra o local. Inclusive, cerca de 50 profissionais da empresa atuam no presídio, o que poderia evitar situações como esta, se compararmos com o pequeno efetivo de agentes para dar conta de 800 detentos", comentou o presidente.
Uma sindicância será aberta para apurar o fato e, posteriormente, um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
