Desde o início da paralisação dos servidores da Perícia Oficial de Alagoas, na manhã desta sexta-feira (9), nenhum corpo foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. Com o funcionamento de apenas 30% das atividades até esse sábado (10), a realização de exames de corpo de delito também segue em ritmo lento. Sem esse serviço, presos ficam impedidos de seguir para o sistema prisional.
Segundo Paulo Rogério Ferreira, a categoria aderiu à paralisação - incluindo ainda médico-legistas, papiloscopistas, técnicos forenses e odontolegistas - e aguarda abertura de negociações com o Governo do Estado. "Estamos aguardando uma reunião para terça-feira no gabinete civil para negociar nossa situação. Se não houver avanço, devemos paralisar por 48 horas. Nossa categoria aderiu 100%", explicou Paulo Rogério, da Comissão de Servidores Efetivos da Perícia Oficial.
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A paralisação veio após meses seguidos de tentativa de negociação com o Governo Renan Filho (MDB), no intuito de discutir a valorização da categoria. "Se houve uma redução da criminalidade, a perícia criminal está envolvida em cada ação de segurança", afirma o perito Paulo Rogério. Até agora, dois corpos aguardam liberação do IML de Maceió.
Por meio de nota, o Governo do Estado disse que o diálogo com a categoria está aberto. Confira na íntegra:
"O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), tem procurado resolver todos os pleitos dos peritos alagoanos, respeitando as possibilidades financeiras do Estado. Além de ressaltar que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais, a Seplag reforça que está aberta para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública. No entanto, nenhuma agenda foi solicitada pela categoria para reunião com a pasta para discutir os assuntos cobrados.
A Seplag salienta ainda que não se nega a receber nenhum servidor público, uma vez que a Mesa de Negociação é o instrumento pelo qual o Estado se utiliza para discutir, em comum acordo, todas as tratativas que envolvam o funcionalismo público estadual".