Depois do Francês, em Marechal Deodoro, são os comerciantes da Vila Niquim, na Barra de São Miguel, que se preocupam agora com a demolição das barracas da região. São cerca de dez estabelecimentos no local e, em uma reunião com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), ficou definido que todos eles serão retirados do local - dois não assinaram o acordo.
Segundo Eliane da Silva, presidente da Associação dos Barraqueiros, o acordo é que eles trabalhem até 18 de fevereiro e entreguem as chaves no dia seguinte. Os donos das barracas pretendem recorrer do prazo. "Não somos contra a licitação, mas sim contra esse prazo", explica Eliane.
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Cerca de 200 pessoas trabalham no local, direta e indiretamente, e alguns há mais de 30 anos fixados por lá. "Fica difícil, não tenho outra renda. Com esse trabalho sustento seis pessoas, contando comigo", segundo Venilson Carlos dos Santos, funcionário de uma das barracas.

Dono de uma das barracas, Pedro Amélio, reclama que não foi repassada para todos a informações sobre a demolição das estruturas. "Não foi repassado para a gente sobre a confirmação da demolição. Sei que a Secretaria de Turismo está buscando um entendimento com todos".
A prefeitura da Barra de São Miguel alega que os estabelecimentos não estão de acordo com o que manda a SPU. Apesar de a decisão de demolir valer para todos, outros seis ainda tentam negociar com a administração municipal, já que possuem um Termo de Ajustamento de Conduta de 2008.
De acordo com a gestão, a orla deve passar por uma reurbanização e as barracas vão seguir um mesmo modelo, previsto em edital e com aprovação prévia dos órgãos competentes.