A Agreste Saneamento, uma empresa do Grupo Iguá, e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) divulgaram o passo a passo para entender a forma de orçar o consumo de água e ainda deram dicas de como adotar hábitos de uso consciente da água.
O hidrômetro é o equipamento empregue pelas companhias de abastecimento para calcular o consumo de água das residências e estabelecimentos comerciais, públicos ou privados.
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Veja como é feito esse cálculo
O dispositivo, conhecido como “relógio”, tem a função de regular a passagem da água do sistema para dentro dos imóveis e mede o consumo em tempo real.
É muito comum surgirem dúvidas quanto ao seu funcionamento entre os usuários. E as mais frequentes, de acordo com o gerente operacional da Agreste Saneamento, Marcello Cardoso, estão relacionada aos números existentes no equipamento e em relação aos valores cobrados.
Marcello esclarece que o volume de água é medido em metros cúbicos (M³) para fins do cálculo da conta. As numerações do hidrômetro na cor preta apontam a quantidade em metros cúbicos consumida ao longo de um determinado período; já os números em vermelho não entram no somatório porque apontam os litros consumidos.
“O procedimento que determina o consumo no mês é muito simples: basta observar o valor atual no medidor e subtrair o valor da leitura anterior que pode ser identificada em sua última fatura. Por exemplo, um consumidor que verifique no visor do hidrômetro a numeração 3524, referente à leitura do mês anterior, e ao fim do mês esteja registrado 3534, vai ter consumido 10 m³ (10.000 litros) de água”, detalhou.
Até a faixa de consumo de 10 m³ (10.000 litros) por mês, a tarifa é de R$ 4,97 por m³ utilizado. Ou seja, o consumidor pagará R$ 49,70, sem considerar os impostos, taxa de esgoto e possíveis encargos por atraso. O uso excedente implica em ajuste dessa tarifa.
“Quando o hidrômetro é compreendido e controlado, é possível ajudar os consumidores a ter mais consciência sobre a importância da utilização racional da água, além de evitar vazamentos e desperdícios”, reforçou Cardoso.
Uma dica valiosa para identificar possíveis vazamentos é prestar atenção no desempenho durante um período fora, por exemplo. "Para o consumidor identificar possíveis vazamentos no imóvel, quando for fazer uma viagem ou se ausentar de casa por um período, observar a leitura atual do hidrômetro e comparar quando retornar. Ou então, fechar os registros evitando assim o desperdício e aumento na conta em possíveis ocorrências", enfatizou
Importância do equipamento
Todos os hidrômetros adquiridos pela Agreste Saneamento e Casal são criteriosamente avaliados e possuem aprovação de modelo junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A leitura do hidrômetro é viável acompanhar com mais agilidade a existência de quaisquer ocorrências que gerem variações significativas na média de consumo.
“Além de ser muito relevante para a economia doméstica, o hidrômetro também tem uma importância social. A partir das medições dos aparelhos em todos os domicílios, o poder público e as concessionárias conseguem mapear os hábitos da população, detectar excessos, propor campanhas de conscientização e projetar investimentos futuros no sistema de abastecimento. Em um país em que o consumo médio de água chega a 154 litros por dia – 34 litros acima do que a ONU considera necessário para suprir as necessidades básicas das pessoas –, medir corretamente o volume de água utilizado por meio da leitura do hidrômetro é um primeiro passo para adotar o caminho de aproveitamento mais consciente”, destaca o especialista.
Casal tem oficina própria para recuperação de hidrômetros
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) dispõe de uma oficina própria para recuperação de hidrômetros. A unidade fica localizada no bairro Farol, em Maceió, e recebe os equipamentos recolhidos dos imóveis que são atendidos com água distribuída pela empresa em todas as 77 cidades do estado.
Por mês, chega a 300 o número de equipamentos recepitados pela oficina após serem retirados pelos profissionais da Companhia ou de suas prestadoras de serviço. Além do tempo de uso, que coopera para o mau funcionamento e algumas avarias, muitos hidrômetros chegam com violações em sua estrutura, as quais podem ter sido causadas de forma proposital para gerar uma medição sub-dimensionada do consumo de água.
Desse todo, os profissionais da Companhia, que são ordenados pela Supervisão de Micromedição (Supmic/Geroc), conseguem recuperar até 20% deles. Esses hidrômetros são levados novamente para os imóveis e reinstalados, seja nos mesmos ou em outros locais.
Já os que não puderem ser recuperados são leiloados como inservíveis, sendo levados de volta à indústria, num processo de reaproveitamento chamado de “logística reversa”, considerada um instrumento de desenvolvimento econômico, social e ambiental, uma vez que esses materiais não são descartados no meio ambiente.
*com informações da assessoria de imprensa.