O 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (59º BIMtz) celebra 100 anos de existência em Alagoas, no mês de novembro. Na manhã desta sexta-feira (3), aconteceu a cerimônia de abertura das comemorações com a chegada de 254 novos soldados que vão enfrentar os treinamentos que o Exército exige. A entrada de novos combatentes ocorre todo ano.
Em entrevista àGazetaweb, o comandante, tenente-coronel Nilton Diniz Rodrigues, explicou sobre o período de treinamentos árduos a serem enfrentados pelos jovens soldados, seja no batalhão, no bairro do Farol, ou na 20º Circunscrição, no Centro. Os treinamentos buscam também a formação de uma cidadania.
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"É um marco importante para esses garotos de dezenove anos que entram jovens no Exército, guardando um pouco ainda a maturidade de adolescente, e que aqui precisarão se tornar homens rapidamente, porque, em breve, vamos colocar nas mãos deles um fuzil, uma arma, ou seja, treiná-los para a guerra. Se não crescerem na responsabilidade e nesses valores, não conseguiremos desenvolver nem o soldado nem o cidadão", explicou o militar.
O treinamento dos novos soldados tem duração de um ano, sendo que o básico dura 12 semanas. Nas primeiras quatro, os jovens ficam somente no quartel, sem poder sair; depois, eles fazem outros treinamentos que culminam num acampamento com simulação de combate. A partir daí, os treinamentos passam a ser com os soldados antigos do Exército e seus comandantes.
"Todo mundo tem seu papel e todos entram nesse treinamento de forma que estejamos no menor tempo possível com esse garoto, capaz de dar a resposta necessária para a sociedade", comentou o comandante. O Batalhão de Maceió tem cerca de 800 homens, mas ainda existem mais 250 nos cinco tiros de guerra instalados no estado.
100 anos
Na oportunidade, o tenente-coronel também falou sobre o centenário do 59º Batalhão, cuja unidade foi instalada de forma permanente em 1917, tendo em vista a necessidade e o grau de importância. "Tivemos uma família muito proeminente não só na história do Exército, mas do Brasil, que foi a da dona Rosa da Fonseca, de Marechal. Ela enviou todos os seus filhos para a Guerra do Paraguai. Portanto, tais figuras emblemáticas enxergaram a importância de termos uma unidade no estado".
O comandante acrescentou que o batalhão tem uma história muito próxima com os 200 anos de Alagoas e é isso que a organização do evento quer apresentar no decorrer do ano. "Esta solenidade foi para convocar todos a contar suas histórias, militares e civis. Todos têm alguma, às vezes boa, às vezes má; não importa, são contos reais e queremos ouvi-los. Eles precisam sempre ser rememorados".
Ao longo de 2017, haverá lançamento de um selo especial junto aos Correios, celebrações nas datas cívicas festivas e o lançamento de um blog, que, inclusive, foi hospedado no portal de notícias daGazetaweb, no início da manhã de hoje. O Exército também pretende fazer uma exposição de fotos. "Serão cem anos em cem fotos. Queremos buscar junto à população as fotos antigas. Isso deve acontecer, de preferência, perto do aniversário", reforçou o comandante.


