Membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) realizaram um ato, na tarde desta segunda-feira (18), no centro de Maceió, relembrando os 19 anos do fatídico episódio em que o governador Divaldo Suruagy foi deposto do cargo.
De acordo com os manifestantes, o ato recorda que a época em que o governo se viu envolto numa crise institucional sem precedentes, com os servidores tendo de enfrentar meses de salário em atraso.
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O estopim veio com o confronto entre polícia e servidores na Praça Dom Pedro II, em frente à sede da Assembléia Legislativa do Estado, transformada em verdadeira praça de guerra e com direito à atuação até de homens do Exército - sob o argumento de que precisava garantir a "integridade física" dos deputados estaduais que realizavam a sessão do "impeachment".
Durante o ato desta terça, os servidores avaliaram o impacto social que o enfrentamento representou há quase duas décadas, comparando-o, guardada a devida proporção, à realidade atual, já que o governador Renan Filho (PMDB) não apresentou, até o momento, uma proposta de reajuste salarial ao funcionalismo público.
"A política de arrocho salarial persiste neste governo e, até então, não tivemos nada de positivo quanto às propostas que apresentamos. Este governo não valoriza o servidor público, seja de que área for", disse Maria Consuelo, presidente do Sinteal, lembrando que os profissionais da Educação cobram 11,36% de reajuste, não havendo contraproposta por parte do Executivo.