Após recorrentes aglomerações durante toda a campanha política em Maceió e no interior do Estado, o Governo de Alagoas decidiu restringir os eventos de Réveillon, este ano, a 300 pessoas. A informação foi dada pelo governador Renan Filho (MDB), na manhã desta quinta-feira (3), durante coletiva de imprensa.
Vale lembrar que o próprio chefe do Executivo Estadual participou dos eventos políticos que foram marcados por superlotação, descumprimento das regras sanitárias, dentre outros comportamentos que colidiram frontalmente com os dispositivos do decreto estadual.
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A decisão foi tomada depois de uma reunião com o Ministério Público Estadual (MPE), conforme disse o governador.
"Ontem tivemos uma reunião com o MPE, onde foi orientado que não façamos grandes eventos de Réveillon. Alagoas virou o estado do Réveillon do Brasil e Maceió também. Mas, em ano de pandemia, infelizmente, não vai haver condição para realizar a festa aqui, e nós vamos manter o decreto, permitindo, somente, a realização de eventos com público de até 300 pessoas e em ambientes abertos. Em ambientes fechados, para públicos menores. Essas questões são sempre muito complexas, mas vamos seguir priorizando a vida, o interesse das pessoas, e o estado de Alagoas está focado nisso", disse o governador.
O secretário de Saúde, Alexandre Ayres, afirmou que se reuniu com os empresários e produtores de eventos que protocolaram pedidos para a realização do evento em Alagoas, e que o cancelamento foi decidido de maneira consensual e unânime.
"Temos um decreto que determina limite máximo de 300 pessoas por evento. O que a gente tem feito é exigir o cumprimento. Em Alagoas, não há possibilidade de eventos com público acima de 300 pessoas. Todas as festas de pré-réveillon e réveillon, as festas não poderão acontecer. Com esse limite máximo é de 300 pessoas, os produtores disseram que não é viável realizar esse evento com esse público, tendo artista nacionais como principal atração".
