Os exames que devem confirmar se o policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior é o autor de dezenas de estupros praticados contra mulheres na região metropolitana de Maceió começaram nesta terça-feira (19). Ao todo, serão analisados materiais de 11 mulheres e do suspeito. De acordo com a Perícia Oficial, não há prazo para que o resultado fique pronto.
Os materiais biológicos das vítimas de estupro, cujo suspeito do crime é o policial, foram recebidos hoje pelo órgão.
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A chefe do Laboratório Forense, a perita criminal Rosana Coutinho, explicou que os materiais biológicos foram coletados por meio de swabs (cotonete estéreo) durante os exames de corpo de delito realizados nas vítimas. Essas amostras serão confrontadas com o material genético fornecido pelo PM suspeito, que também já foi coletado.
Segundo a assessoria do órgão, até o momento, foram recebidas 12 solicitações para realizar o exame de DNA. No entanto, serão realizados apenas 11 exames, já que uma das vítimas não compareceu ao IML para fazer o exame de lesão corporal, segundo Rosana Coutinho.
A gestora explica que, nessa primeira etapa, os swabs com os materiais das vítimas e do agressor passarão pela extração do material genético. "Após isso, o DNA extraído será quantificado para determinar a qualidade do DNA de cada amostra, separando o material feminino do masculino", detalha.
Em seguida, esse DNA será amplificado para determinar os marcadores genéticos que são usados pela comunidade científica forense mundial. A partir daí, o material será amplificado e genotipado para obtenção dos perfis genéticos que serão confrontados com o perfil genético do soldado da PM Josevildo.
"Em caso de coincidência do perfil genético do suspeito com o perfil masculino presente nas amostras das vítimas, será realizado um cálculo estatístico para se estabelecer a probabilidade desse material pertencer ao suspeito", afirmou Rosana.
Josevildo Valentim foi preso após estuprar e assassinar a jovem Maria Aparecida e deixar o namorado da jovem gravemente ferido. Após sua identificação, várias outras vítimas de estupro denunciaram o militar, que permanece detido no Presídio Militar.