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Fenômeno k-pop impulsiona ensino de coreano em escolas públicas do Rio

Interesse dos adolescentes pelo gênero musical fez crescer procura e abriu novas turmas do curso

Quando Vanessa Costa, diretora da Escola Estadual Olga Benário, em Bonsucesso, Zona Norte do Rio, recebeu uma proposta de oferecer aulas de coreano, teve dúvidas sobre a popularidade do curso. Estava enganada.

"Pra minha feliz surpresa, quando eu fui divulgar nas turmas, houve uma demanda absurda, muito por conta do k-pop, e a gente conseguiu formar uma turma de 25 alunos", conta a diretora. Hoje já são três.

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Não é exagero relacionar o crescimento da oferta ao sucesso do k-pop, o fenômeno da música pop coreana. Isso porque, para o curso existir, o interesse dos alunos é determinante: uma turma só abre se os alunos se inscreverem e, além disso, é necessário apresentar relatórios de presença e de desempenho para o Consulado Coreano de São Paulo -- já que o Rio não tem representação do país.

"Hoje, alunos da rede particular vêm aqui à escola procurando saber se podem fazer a aula de coreano", conta a diretora, que viu o curso se tornar o grande diferencial da escola.

Desde que as aulas do idioma foram iniciadas no Olga Benário, em 2017, mais três turmas foram abertas ali, onde 80% dos alunos são do Complexo da Maré. E, no segundo semestre de 2019, mais duas escolas estaduais, a Visconde de Cairu, no Méier, e a Paulo de Frontin, no Rio Comprido, também passaram a oferecer aula de coreano.

E por que coreano virou disciplina queridinha?

A matéria é oferecida como uma disciplina extra, assim como um cursinho de inglês: fora do horário escolar, com lições de casa e provas próprias. Ainda assim, a turma segue cheia. E por que tanto empenho?

Em poucos minutos de conversa com uma das três turmas de coreano do colégio, o motivo fica óbvio: é até difícil contar o número de vezes em que o k-pop é mencionado.

"O k-pop é bem diferente do que eu costumo escutar ou ver. Acho muito interessante que os homens usam maquiagem, têm o olho puxadinho, as músicas, as danças... são totalmente diferentes", diz Kaylane Vieira, fã do gênero.

"Uma dia, no YouTube, eu vi um grupo chamado BTS. Eu achei a dança interessante tudo diferente... achei a beleza diferente. Nunca tinha visto homem com maquiagem! Foi quando eu entrei no k-pop", conta a estudante Kaylane Vieira, de 15 anos.

"Eu nunca achei tinha visto música daquele jeito, contagiante, com muita mudança de figurino, de cenário", conta Annyelle Magalhães, 15 anos, que também começou a se interessar por k-pop e por coreano por conta do grupo BTS.

Os grupos Momoland e Gfriend também são citados entre os queridinhos, assim como os "Doramas", as novelas coreanas, também fazem sucesso com os adolescentes.

Apesar da animação, aprender uma língua em que o alfabeto é totalmente diferente é um desafio que requer esforço.

"As maiores dificuldades são gravar o que cada traço significa e alinhar eles em uma frase. Há alguns que têm a fonética totalmente igual e isso às vezes confunde. É bem difícil, começar do zero às vezes é bem desesperador, porque é muito diferente", diz a estudante Mellissa Santos, de 17 anos.

Novo idioma, novos sonhos

Aprender um idioma tão diferente do português e fora do eixo inglês-espanhol-francês pode parecer apenas uma modinha, mas não é bem assim. Além de ser um diferencial no currículo, saber coreano pode ser a porta de entrada para conseguir uma das várias bolsas de estudo oferecidas pelo país para imigrantes.

Esse, aliás, é o sonho da aluna Mellissa: cursar Medicina no país da Ásia. Ela, que é apaixonada por k-pop e já estudava o idioma sozinha antes de ter a oportunidade de fazer o curso em seu colégio, agarrou com unhas e dentes a oportunidade de aprender o idioma em sala.

"Eu comecei a chorar quando fiquei sabendo que teria aula aqui. Era um sonho pra mim. Eu vou terminar o terceiro ano esse ano, vou fazer o Topik e vou fazer minha faculdade de Medicina no Coreano na Coreia", afirma ela.

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