Representantes do Ministério Público de Contas e do Ministério Público Estadual realizaram ontem (03) vistoria nos terminais de ônibus dos conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre, para verificação da normalidade do funcionamento das linhas que circulam pelas localidades e assim avaliar possíveis melhorias.
Na visita surpresa, os órgãos ministeriais fizeram os itinerários das linhas com destino aos bairros do Centro e da Ponta Verde e identificaram algumas deficiências nos terminais. "A equipe dividiu-se a fim de acompanhar o percurso das duas linhas que atendem o maior número de passageiros daquela origem. O tempo de viagem na linha Centro foi bastante razoável, comprovando-se a eficácia da faixa azul. Apesar de o veículo ter apresentado problema mecânico no trajeto de volta, que obrigou o desembarque dos passageiros, estes foram reembarcados logo em seguida em ônibus sequencial da mesma linha, sem prejuízo. Já na linha Ponta Verde o tempo de viagem foi bem superior", informou a procuradora de Contas Stella Méro.
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Na próxima semana, MPC/AL e MPE/AL devem se reunir para definir quais serão os próximos passos.
Em julho, a mudança no itinerário de duas linhas que circulam pelos conjuntos levou os moradores a bloquearem os dois terminais por alguns dias. Durante o protesto, moradores alegaram que com as mudanças promovidas pela SMTT, unificando algumas linhas, aumentaram a superlotação e o tempo da viagem.
Com isso, criou-se um impasse, o que só foi resolvido após reunião mediada pelo MP Estadual e o MP de Contas com a SMTT, a empresa Real Alagoas e os líderes comunitários das localidades. Na ocasião, ficou decidido que as mudanças estavam suspensas e que as linhas voltariam a funcionar com antes. Nessa mesma reunião, MPE/AL e MPC/AL se comprometeram a fazer uma vistoria e apontar melhorias que servirão de parâmetros para futuras mudanças.
A procuradora informou que a alteração das linhas é possível, de acordo com propostas de otimização das empresas de ônibus e está prevista nos contratos de concessão, porém, essas mudanças devem ser aprovadas pela SMTT e não podem acarretar prejuízo aos usuários. "A previsão contratual de otimização das linhas não autoriza mudanças prejudiciais para o usuário. É recomendável que as empresas entendam as necessidades de origem e destino e consultem as comunidades envolvidas antes de mudanças que possam impactar a rotina dos usuários, evitando conflitos como o verificado no Conjunto Graciliano Ramos", ressaltou.