Parte da estrutura montada para a solenidade de inauguração das novas instalações da Maternidade Escola Santa Mônica desabou na manhã desta sexta-feira (18), no bairro do Poço, em Maceió. Apesar do incidente, ninguém ficou ferido. O evento vai contar com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Segundo informações dos seguranças, uma das soldas da estrutura metálica que sustenta a tenda se rompeu, o que gerou o desabamento de parte da estrutura montada do lado de fora da maternidade. "Ouvi um primeiro estalo e, uns dez minutos depois, outro barulho e já começou a ceder. Eu corri e chamei meu colega para pegar uma fita e isolar a área. Graças a Deus, ninguém se machucou", disse Genilzo do Nascimento, vigia da unidade.
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O local foi isolado e o evento, remanejado para outro espaço já com uma estrutura que tinha sido montada para dar apoio. O incidente aconteceu pouco tempo antes da chegada do ministro da Saúde para a inauguração das novas instalações da maternidade, que, agora, conta com 52 leitos da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). São 48 vagas pra gestantes, 10 vagas pra canguru e mais seis leitos pré-parto.
Protesto
Antes de começar a solenidade, um grupo de manifestantes se reuniu em frente à Santa Mônica, para protestar contra a política atual dos manicômios no Brasil e em Alagoas. Para Emilene Donato, uma das líderes do Movimento, é preciso "defender a política antimanicomial".
"Estamos em um momento difícil, em que o coordenador nacional de saúde mental foi substituído por outro que defende o encarceramento manicomial. E, também, estamos aqui em defesa do Movimento em Alagoas, que vive sofrendo novos golpes com a privatização do SUS [Sistema Único de Saúde]", disse Emilene.

O Movimento também conta com a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de membros do Conselho da Saúde, que criticam a reabertura da maternidade. "A reforma ainda está em andamento e já estão reabrindo a maternidade. Para que isso? É um ato de politicagem. Nem a tenda conseguem montar, que desabou aqui. Como vão reinaugurar a maternidade, que ainda vai ficar fechada até dia 28?", questionou Francisco Mata, membro da CUT.
Na visão do conselheiro de Saúde, Tony Clóvis, não foi apresentado ao conselho o plano dessa reforma e nem a documentação relativa à vigilância. "A gestão se comprometeu que só reabriria as portas quando estivesse tudo concluído e, agora, vão abrir com apenas uma parte da reforma", falou Tony.
