Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostrou dados relativos a doenças, hábitos alimentares e realização de atividades físicas entre pessoas com plano de saúde nas capitais brasileiras. Maceió se destaca com uma das menores frequências de fumantes.
De acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), apenas 3,4% da população maceioense é fumante. Deste total, 4,7% são homens e 2,5% mulheres. O número de usuários de cigarro entre o sexo masculino é o mais baixo do Brasil, seguido de Manaus (5,3%) e São Luís (5,3%).
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Já com relação ao excesso de peso, 52,5% dos ouvidos na capital alagoana disseram se enquadrar nessa categoria, com 62,4% sendo homens e 45,5% sendo mulheres. O percentual deixa a cidade do meio do ranking nacional. As maiores estatísticas ficaram com Rio Branco, com 59,7%.
Os que responderam ter o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 em Maceió ficaram em 16,7% - com 18,6% do sexo masculino e 15,3% do feminino.
O estudo também analisou o consumo de frutas e hortaliças cinco vezes na semana. Mais uma vez os homens maceioenses se destacaram, com 74,6% afirmando possuir esse hábito. A cidade ficou ao lado de Natal (80,3%) e João Pessoa (77,0%) e, no índice geral, teve 77,9%. Entre as mulheres, 80,2% responderam positivamente à pergunta.
A ingestão de carnes e leite com excesso de gordura também foi tema do Vigitel. Ao todo, 27,9% da população local assumiu o consumo de carne vermelha gordurosa, sendo 40% de homens e 19,3% de mulheres. Já no leite a taxa foi de 47,3% - 52% para eles e 43,9% para elas.
Nos doces, porém, a população feminina de Maceió fica atrás, com 21,1% afirmando consumi-los em cinco ou mais dias na semana, contra 15,2% da masculina. Nos refrigerantes, a situação foi inversa: 8,1% dos maceioenses admitiram consumir com regularidade, sendo 11,4% homens e 5,7% mulheres.
Outro índice positivo para a capital de Alagoas foi a substituição de almoços ou jantares por lanches. Apenas 4,8% afirmaram possuir esse costume, deixando a cidade atrás apenas de Natal e Aracaju. Enquanto isso, o consumo de feijão por aqui ficou em 57,5%.
Atividade física e bebidas

Na pesquisa, quase metade dos maceioenses responderam realizar atividades físicas no tempo livre equivalentes a pelo menos 150 minutos por semana. Dos 2017 entrevistados, 49,6% responderam positivamente a isso, sendo 59,5% de homens e 42,6% de mulheres.
Já os inativos fisicamente são 16,3% entre a população local. São considerados inativos indivíduos que não praticaram qualquer atividade física no lazer nos últimos três meses e que não realizam esforços físicos intensos no trabalho, não se deslocam a pé ou de bicicleta e não participam da limpeza pesada de suas casas.
Quanto ao consumo de bebidas, o estudo quis saber a percentagem dos que consumiram, nos últimos 30 dias, quatro ou mais doses (mulher) ou cinco ou mais doses (homem) de bebida alcoólica em uma mesma ocasião. Na capital alagoana o índice total foi de 19,6%.
Na condução de veículos após o consumo de álcool, 6,3% responderam ter esse costume, sendo 11,5% destes do sexo masculino e 2,5% do feminino. O número é o quarto menor do Brasil, ficando atrás apenas de Recife, em Pernambuco; Rio Branco, no Acre; e Vitória, no Espírito Santo.
Brasil
Nacionalmente, o Vigitel, que traz dados de 2016, mostrou que a quantidade de indivíduos com excesso de peso e obesidade entre os beneficiários de planos de saúde continua crescendo, o que vem acontecendo desde 2008, quando foi realizado o primeiro levantamento. O percentual nesse período passou de 46,5% para 53,7%.
A boa notícia fica com relação aos fumantes: a proporção caiu de 12,4% para 7,3%. Além disso, os fisicamente inativos também foram de 19,2% para 14,2% e o consumo de frutas e hortaliças aumentou de 27% para 30,5%.
Ao todo, foram ouvidas 53.210 pessoas por telefone, sendo 20.258 homens e 32.952 mulheres, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, entre os meses de fevereiro e dezembro de 2016. O inquérito tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição dos principais determinantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).