A Marinha do Brasil informou que as amostras de fragmentos de óleo, identificadas recentemente em algumas partes do litoral da região Nordeste, inclusive em Alagoas, são da mesma origem da substância derramada no oceano, no fim de 2019, na costa brasileira.
O material foi recolhido no dia 22 de junho e analisado quimicamente pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, no Rio de Janeiro.
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De acordo com a Marinha, estes resíduos apareceram, provavelmente, pelo desprendimento de resíduos que se encontravam no assoalho oceânico, próximo à linha de costa, nos costões, mangues ou mesmo na areia da praia, em profundidade. Os fragmentos surgiram, neste caso, devido a condições de mar agitado, fortes correntes, marés e ventos intensos, conforme vem sendo observado nesta região.
Ricardo César, do Centro de Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA), explicou que o monitoramento deste problema ambiental está sob a responsabilidade do governo federal (Marinha e Ibama).
Mas, a equipe do IMA está acompanhando os acontecimentos e segue monitorando à distância. Segundo o órgão, o Estado recolheu e destinou mais de 2.250 toneladas de óleo e resíduos contaminados, até novembro. Depois disso, a responsabilização do acompanhamento foi transferida.
Em Alagoas, pequenos fragmentos de óleo foram avistados, na semana passada, em trechos da Praia da Lagoa do Pau, no município de Coruripe, e na Praia da Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia.