Membro dos movimentos sociais de luta pela terra realizaram, na noite desta segunda-feira (17), uma vigília na praça Marechal Deodoro, em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas, no Centro de Maceió. O ato faz parte das atividades da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.
Conduzida por padres e pastores, a vigília reuniu movimentos populares, partidos e religiosos. De acordo com o coordenador do Movimento Sem Terra, José Roberto, o objetivo da vigília é relembrar o assassinato e massacre de Eldorado dos Carajás, no estado do Pará, que deixou 21 Sem-Terra mortos e hoje faz 21 anos.
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Além disso, José Roberto ressalta que também foram lembrados os casos de violência no campo que marcam a história da luta pela terra em Alagoas. "A vigília acontece para que a luta da reforma agrária permaneça sempre viva na luta dos trabalhadores do Brasil", disse o coordenador. Dados do relatório Conflitos no Campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta o ano de 2016 como um dos anos mais violentos no campo, com maior número de assassinatos em conflitos dos últimos 13 anos, 61 assassinatos - 11 a mais que no ano anterior, quando foram registrados 50 assassinatos.
Segundo ele, após a vigília os membros dos movimentos devem retornar ao acampamento.

Em Maceió desde o último domingo, cerca de três mil trabalhadores estão acampados na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió e seguem agenda de mobilização na capital. Organizados na Comissão Pastoral da Terra (CPT), além do MST, participam o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Terra Livre e Movimento Via do Trabalho (MVT).