Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) realizam, nesta terça-feira (20), uma assembleia geral para decidir se declaram greve por tempo indeterminado. A categoria denuncia as péssimas condições de trabalho, o excesso de trabalho por falta de pessoal e a falta de concurso público.
O presidente do sindicato dos Servidores do Detran de Alagoas (Sinsdal), Clayberson Ferraz Torres, explicou que o último concurso público realizado no órgão foi em 2001. "O Detran completa 18 anos sem concurso. Durante esse anos muitos servidores se aposentaram ou adoeceram e precisaram se afastar. A demanda de 2001 para cá só aumentou substancialmente".
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Ainda segundo Clayberson, atualmente, os servidores estão trabalhando sobrecarregados e, até o momento, o governador Renan Filho (MDB) não sinalizou nenhuma possibilidade de realizar um concurso público no Detran. "Lembrando que, no governo dele [Renan Filho], que já está em seu segundo mandato, houve vários outros concursos em outros órgãos, como na área da Segurança Pública. Porém, o Detran também faz parte desse grupo, é igual a qualquer outro órgão do Estado, só que existe um diferencial, já que ele é um órgão arrecadador e superavitário. Além disso, o Detran não depende da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não entendemos o motivo do governador não sinalizar um concurso".
Outra reivindicação da categoria é que o piso salarial seja equiparado ao piso dos servidores da Segurança Pública. O presidente do sindicato destacou ainda que existe uma mesa de negociação da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), desde janeiro, mas que, até o momento, não houve avanço.
"Diante de tantas tendências, nós resumimos em concurso público e o piso salarial. Um Detran melhor reflete diretamente na sociedade, com atendimento de melhor qualidade e com um servidor contente, apto e capaz. O avanço que o órgão teve nos últimos anos se deve ao trabalho desses servidores", pontua Clayberson.