A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem o prazo de 10 dias para dar explicações à Procuradoria Regional do Trabalho em Alagoas (PRT/AL) sobre possíveis práticas de assédio moral e abuso de poder no Hospital Geral do Estado (HGE).
As denúncias a este respeito foram oficializadas pelos Sindicatos da Enfermagem (Sateal e Sineal). Uma audiência para esclarecimentos destes fatos foi realizada nessa quarta-feira (18), mas nenhum representante da Sesau compareceu.
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Sem o contraponto, a procuradora do Trabalho em Alagoas, Adir de Abreu, expediu uma notificação ao órgão estadual para que busque informações seguras sobre os informes repassados pelos sindicalistas.
As respostas sobre as denúncias devem ser enviadas à PRT/AL, no prazo máximo de 10 dias, por meio de um documento escrito.
Na notificação, Abreu pede que a secretaria informe número de afastamentos de servidores do HGE e as causas, independentemente do tempo de afastamento. A procuradora pede ainda que o HGE aponte quantas reuniões já realizou em sua comissão formada para avaliar o assédio e abusos de poder hierárquico dentro da unidade, se já apurou alguma denúncia relacionada e, em caso afirmativo, qual procedimento foi determinado para tratar do assunto.
"Deve informar, também, se existe um canal para denúncias, de forma anônima, dentro do Hospital. Informar se já fez consultas acerca do bem-estar social e de melhorias no ambiente de trabalho, com ideias e soluções", específica o documento.
Por meio de nota o HGE informou que não recebeu nenhuma denúncia a respeito do caso e que iria solicitar o conteúdo da sessão entre os sindicatos e a PRT para se inteirar a respeito. Confira na íntegra:
"A gerência do Hospital Geral do Estado (HGE) esclarece que não foi convocada oficialmente para a audiência desta quarta-feira (18) entre os sindicatos da Enfermagem (Sateal e Sineal) e a Procuradoria Regional do Trabalho em Alagoas (PRT/AL) e informa que está solicitando o conteúdo da referida sessão.
Esclarece ainda que existe na unidade hospitalar uma comissão de prevenção ao assédio moral no ambiente profissional, a qual não recebeu qualquer denúncia a respeito. A gerência salienta que corrobora com todas as ações que contribuam com a humanização hospitalar e todas as informações requeridas serão repassadas aos órgãos competentes de forma clara e segura".
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