O Sindicato dos Auxiliares dos Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal) informou à Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) ter recebido várias denúncias que apontam para precariedade de unidades de saúde públicas e privadas no fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual dos trabalhadores, diante da pandemia do coronavírus (Covid-19).
A entidade, junto com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren/AL), conforme destacado nesta segunda-feira (23),criou canal via Whatsapp para apresentação de denúncias.
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De acordo com o Sateal, os profissionais da área têm denunciado a falta de máscaras, luvas e demora para a troca dos materiais descartáveis e até ausência de protocolo de atendimento para pacientes com suspeita de contaminação pelo Covid-19.
Ao tomar conhecimento da situação e como forma de agilizar a notificação para as empresas que estiverem descumprindo o que determina as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e o protocolo do Ministério da Saúde, a PRT solicitou que todas as denúncias sejam enviadas à procuradoria via Whatssapp.
Com isso, o Sateal e o Coren/AL comunicam aos profissionais que enviem denúncias por áudio, textos, fotos ou vídeos às duas entidades, por meio dos números 9.9612-9937 (Sateal) e 9.8154-6584 (Coren/AL). "As coisas estão mudando constantemente, então é preciso que estejamos atualizados sobre as condições das empresas antes de notificá-las, a fim de evitar perda de tempo caso a situação já tenha sido reparada", destacou o procurador", destacou o procurador Rodrigo Rafael. Ele solicitou que os trabalhadores atualizem as denúncias que identificarem diariamente.
Em um dos áudios revelados pelo Sateal à PRT, a denunciante relata que as equipes "estão sem saber" onde instalar pessoas que dão entrada com suspeita de contaminação, e que vários pacientes estão misturados em alas nos hospitais. Em outro, a técnica denuncia que o hospital está contingenciando EPIs e obrigando os profissionais a reutilizar máscaras.
"Todas as empresas que não estão adotando a medidas de segurança apropriadas devem ser notificadas para corrigir a situação", apontou Mário Jorge, presidente do Sateal.