Presa injustamente há um ano e dois meses, Maiara Alves da Silva, que completou 28 anos nessa terça-feira (4), recebeu um presente indescritível, ainda que, literalmente, tardio: a liberdade.
Nesta quarta-feira (5) o desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) Washington Luiz Damasceno Freitas concedeu o habeas corpus pleiteado pela reeducanda.
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Na decisão, o magistrado reconhece que Maiara Alves da Silva foi vítima de uma "condenação flagrantemente injusta". Conforme noticiou aGazetaweb, ela foi condenada a 24 anos de reclusão pelo latrocínio que vitimou um taxista em Maceió no ano de 2014.
Todavia, uma série de erros e coincidências foram responsáveis pela ligação de Maiara com o crime. Isso porque outra participante do delito disse que a comparsa atendia pela alcunha de "Maiara do Joaquim Leão", o que fez com que a polícia entendesse que se tratava de Maiara Alves da Silva, por morar no bairro do Joaquim Leão e já ter registro no sistema policial.
No entanto, ao ser presa no último dia 29, a comparsa que apontou Maiara como sua companheira no crime, esclareceu que não se tratava da Maiara que a polícia prendeu. Após isso, no último 3, a polícia prendeu Mayara Luiza de Souza, a real participante do fato.
Ao mostrar uma foto da mulher presa, Mayara Luiza afirmou à polícia que: "ela não estava com os demais envolvidos no dia do fato em apuração, inclusive não a conheço, nem nunca a vi na vida".
Segundo o desembargador, "o erro no sistema da Justiça se mostra evidente, sendo uma injustiça gritante aguardar a propositura de revisão criminal para conceder a liberdade da paciente, quando comprovada a versão da paciente por meio dos documentos anexados". A defesa de Maiara Alves da Silva já entrou com pedido de revisão criminal.