Durante depoimento, na manhã desta quinta-feira (22), no salão do júri da 7ª Vara Criminal, no Fórum do Barro Duro, em Maceió, Ana Valença, irmã da vítima, disse que o coronel Cavalcante, acusado de ser o mandante do assassinato do cabo Gonçalves, tentou agredir o irmão morto dentro do caixão, e ainda teria tentado matar o filho da vítima, à época com 13 anos, e outra irmã.
O fato ocorreu no velório do cabo, na casa da família, no bairro da Levada, onde, segundo ela, o coronel teria chegado embriagado de tanto comemorar a morte.
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"O homem que participou, que a vida inteira perseguiu meu irmão e matou meu irmão, tentou agredi-lo morto com mais de 70 tiros, dentro do caixão", disse a testemunha, referindo-se ao coronel Cavalcante.
A morte só não aconteceu porque uma pessoa próxima teria impedido que ele cometesse o crime contra sua irmã e a criança, conforme relatou Ana Maria. O filho da vítima, por sua vez, morreu pouco tempo depois de um infarto fulminante.
De acordo com ela, a família precisou de proteção policial para enterrar o irmão no município de União dos Palmares. Ana afirmou que Cavalcante, o irmão e o grupo, a antiga gangue fardada, foram contratados por João Beltrão para cometer o crime. Mas, como o processo foi desmembrado, os outros acusados não estão no julgamento de hoje.