Acusado de matar e dificultar a investigação do homicídio do enteado de 7 anos de idade, José Roberto de Morais deve continuar preso. Esta foi a decisão da juíza Marcella Waleska Costa Pontes, que reavaliou a prisão preventiva do réu e decidiu pela manutenção dela.
De acordo com a juíza, "constata-se que não houve qualquer alteração fática ou jurídica apta a ensejar modificação do entendimento". Segundo ela, "permanecem válidos os argumentos externados quando da imposição da segregação preventiva e nas decisões de manutenção da prisão".
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A magistrada afirmou que "percebe-se que não é o caso de concessão de outras medidas cautelares diversas do cárcere em favor do réu, porquanto insuficientes à garantia da ordem pública".
Há 3 meses, o réu teve a liberdade negada outra vez. Na decisão, o magistrado Filipe Ferreira Munguba afirmou que "nem mesmo a situação da epidemia causada pelo vírus do Covid-19 autoriza a colocação dele em liberdade, pois, certamente, a soltura do réu traz mais perigo à sociedade que a própria propagação da doença, cabendo ao Estado adotar as providências necessárias para resguardar a integridade da saúde do réu".
Segundo apontou a polícia e acusou o Ministério Público, José Roberto de Morais assassinou o enteado Danilo Almeida Campos, de 7 anos de idade. O crime foi praticado no dia 12 de outubro de 2019, no bairro do Clima Bom. Conforme a denúncia, o padrasto estuprou a crianças ante de matá-la com golpes de arma branca dentro de uma oficina de bicicletas em que ele trabalhava.
No decorrer das investigações, enquanto ainda não pesavam sobre o padrasto as acusações, ele chegou a acusar os delegados que investigavam o caso de terem torturado ele e a esposa durante depoimentos.
Os delegados foram inocentados posteriormente e descobriu-se, com base no depoimento da esposa do réu e mãe da vítima, Dacineia Carlos de Almeida, que José Roberto planejou a situação para atrapalhar as investigações.