Após sessão ordinária administrativa do pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), na manhã desta terça-feira (29), o julgamento que iria decidir pela manutenção, ou não, do afastamento do Juiz Braga Neto de suas atividades jurídicas, foi suspenso após pedido de vista feito pelo desembargador Celyrio Adamastor.
O desembargador Fernando Tourinho, Corregedor-Geral do TJ/AL, votou pela manutenção do afastamento do juiz de suas atividades e, também, pela abertura de procedimento administrativo que irá investigar a conduta do magistrado quanto às acusações de promoção de tráfico de influência e eventual extorsão com os apenados do sistema prisional alagoano.
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O corregedor alegou que detentos teriam dito em depoimentos que chegaram a ser coagidos a mentir em depoimentos anteriores que afirmavam a participação do juiz em facilitar acesso do filho, o advogado Hugo Braga, a negociações de transferência de presos e progressão de regime, e que este fato seria público e notório dentro do sistema prisional.
Anteciparam o voto a favor do afastamento de Braga Neto e abertura do inquérito administrativo os desembargadores Domingos de Araújo, Tutmés Airan, Paulo Lima, João Luiz, Carlos Malta, Sebastião Costa e Washington Luiz.
Durante sustentação oral, a defesa de Braga Neto, por meio do advogado Luiz Medeiros, afirmou que o juiz não conta com um histórico que responda contra sua conduta e que o mesmo teria perdido sua liberdade e privacidade após as acusações. A defesa apontou, também, que existem depoimentos de policiais e apenados que apontam o não envolvimento do juiz em tráfico de influência.
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