Os agentes de combate a diversas endemias de Maceió entraram em greve, por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (17). A categoria cobra a implantação do piso salarial, conforme lei federal, como é feito em todo o Brasil.
Segundo os sindicatos que representam os trabalhadores, apenas Maceió, dentre os municípios alagoanos, pagam o salário menor que o piso nacional, que é de R$ 1.250, com progressão até o ano de 2021, quando vai chegar a R$ 1.550.
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Na capital alagoana, no entanto, o valor pago aos agentes é R$ 1.100, atualmente.
O Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas (Sindacs-AL) e o Movimento Unificado dos Agentes de Saúde de Maceió afirmam que já ocorreram várias tentativas de negociação com a Prefeitura de Maceió, mas nenhum acordo foi feito.
"Teremos que radicalizar o movimento, uma vez que o prefeito não sinaliza com nenhuma possibilidade de abertura de diálogo", disse Fernando Cândido, presidente do Sindacs-AL.
Devido a isso, a greve deve gerar ainda mais problemas à população. De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), divulgado no último dia 11, Alagoas teve o maior aumento de casos prováveis de chikungunya em 2019. Conforme os dados, só este ano, já foram registrados mais de 30 casos de zika em gestantes no estado.
"Isso só mostra a importância do trabalho realizado pelos agentes de endemias. Sabemos que, com a greve, a população poderá ser prejudicada, mas é de total responsabilidade do Prefeito Rui Palmeira garantir os direitos dos trabalhadores para que estes possam desempenhar as suas atividades com dignidade", afirmou Cândido.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Gestão (Semge) informou que a implantação do piso para os agentes de combate a endemias está sendo discutida e que tem dialogado com a categoria sobre o assunto, fazendo simulações de impacto financeiro.