Os fogos de artifício que devem ser manipulados com cuidado por adultos e crianças por conta dos riscos que impõem a quem os manuseiam, também representam perigo para os pets. O crescimento destes companheiros diários em lares da capital e do interior os colocam neste período no centro das atenções. É que as explosões que fascinam os humanos para eles provocam aumento dos batimentos cardíacos, extremo incômodo na audição e uma sensação de desespero em muitos casos.
Segundo especialistas neste momento os tutores precisam ficar atentos em como acolhe-los nos momentos de tensão. A veterinária Fabrícia Omena explica que é nestes períodos, por exemplo, que são comuns casos de ataques cardíacos, em especial para os que já sofrem de problemas de coração, fugas e até extrangulamentos com coleiras.
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“A audição dos pets é muito sensível que a dos humanos. Então eles sofrem muito mais, se assustam pois não têm o hábito de viver isso. Independente da distância porque realmente são mais sensíveis assim como o olfato deles que também é diferenciado. Aqueles que já têm alguma cardiopatia já detectada e for um paciente que convulsiona ele precisa ser acolhido”, explicou Fabrícia.
Ela lembra que no momento das explosões têm pets que no desespero se jogam de apartamentos por janelas sem telas e se machucam sério ou até perdem a vida. Em outras situações o fato de estarem presos a coleiras podem acabar se enforcando ao tentar sair do local, por isso não é recomendável deixá-los presos. E, ainda, é fundamental ficar atento com portas e portões abertos para evitar fugas neste período.
Em todos os casos, a presença do tutor faz toda a diferença. Por isso, é fundamental que além tentar distraí-los com brinquedos, televisão, num lugar refrigerado e ainda assim notar que estão agitados o ideal é acolhe-los diretamente nos braços.
A especialista explica que há casos em que os pets não manifestam nenhuma reação. Em casos assim, é importante também verificar se eles têm algum tipo de anormalidade na audição porque pode ser o caso de já estarem com alguma perda severa.
Mas também é possível educá-los para saber lidar com estas situações no caso do tutor criá-lo desde pequenos é importante tentar compensá-los com um petisco sempre que houver explosões. Deste modo eles crescerão fazendo um outro tipo de associação com o barulho dos fogos.
“É possível adaptá-los desde filhotes. E sempre que ouvirem o barulho receberem algum petisco. É um estímulo importante para associar o barulho não a algo ruim, mas sim a algo bom. Mas, só dá certo quando o animal é filhote e vai crescendo com isso. Os mais idosos não reagem assim”, completou Fabrícia.
Em casos de situações mais graves ele avista que o mais importante é procurar uma emergência 24h porque o socorro imediato fará toda a diferença na qualidade do tratamento que o pet precisar se os fogos provocarem algum dano mais complexo.