Comerciantes e moradores da Avenida Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca, denunciam que há quatro dias os bueiros do cruzamento com a Rua José Ponte de Guimarães estão jorrando dejetos na via, provocando mau cheiro e afastando clientes dos estabelecimentos comerciais. De acordo com os empresários, equipes da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estiveram no local na manhã desta segunda-feira (11).
Segundo o segurança de uma galeria - que preferiu não se identificar-, a equipe da Casal abriu um buraco na calçada para desviar o fluxo dos dejetos que acabam indo parar na galeria de águas pluviais.
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De acordo com o empresário Paulo Henrique, de 43 anos, há mais de 5 anos a cena se repete na região e nenhuma providência para sanar o problema é adotada. Segundo ele, três vezes por ano os bueiros "estouram" e a fedentina e os dejetos ficam espalhados pela pista, afastando os clientes dos pontos comerciais.
"Este problema já deixou de ser de infraestrutura e passou a ser de saúde pública. Com o líquido empoçado na via, carros e ônibus passam e espirram água para tudo que é lado. Muita gente acaba se melando, sem contar do mau cheiro que é insuportável", explicou.
Ainda de acordo com Paulo Henrique, o problema se repete três vezes por ano: em janeiro, julho e dezembro. Com isso, a baixa na clientela é grande, chegando, muitas vezes, a zero o número de vendas.

"Todo ano é a mesma coisa. Nesses três períodos, o esgoto volta a jorrar aqui e ninguém resolve. Os clientes vêm aqui, mas o mau cheiro faz com que eles vão embora ou fiquem na parte interna, mas como são poucos lugares lá dentro [da loja], a opção é irem para outro lugar", concluiu.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra como a situação se agravou durante o fim de semana, onde 5 bueiros "estouraram" ao mesmo tempo no cruzamento.
Confira:
[VIDEO2]
Segundo a assessoria do IMA, a equipe esteve no local pela manhã para coletar informações sobre a situação e, nesta terça-feira (12), deve autuar o responsável pelo transbordamento do esgoto.
Já a assessoria da Casal informou que equipes da companhia e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) estão trabalhando na região desde a última sexta-feira (8), para sanar o problema. Segundo a companhia, medidas paliativas já foram adotadas.
"Equipes estão trabalhando para descobrir a causa desse transbordo, mas para sanar o problema, implantamos duas bombas para desviar o fluxo do esgoto, como também caminhões de sucção constantemente estão indo à região para coletar os dejetos. Detectamos uma possível obstrução na rede e vamos trabalhar para descobrir a causa", explicou.