Dirigentes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Ministério de Minas e Energia devem retornar a Maceió na próxima quarta-feira (18) para reuniões sobre as rachaduras que atingiram os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da CPRM nesta sexta (13).
ÀGazetaweb, a assessoria ainda informou que o encontro tem como objetivo avaliar novos dados de "interferometria", que indicam a intensificação do fenômeno nas localidades afetadas.
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Estarão na capital alagoana o Secretário de Geologia e Mineração do MME, Alexandre Vidigal; o diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago; o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Carlos Bacelar e o coordenador dos estudos da CPRM em Maceió, Thales Sampaio.
Estudos na Lagoa Mundaú
No dia 5 de março,um novo estudo sísmico foi iniciado na Lagoa Mundaú, em Maceió, com o objetivo de investigar a origem da instabilidade do solo nos quatro bairros afetados pelas rachaduras. O levantamento, que consiste em fazer uma ultrassom do fundo da lagoa, durou uma semana.
Laudo da CPRM
Em maio de 2019, o CPRM divulgou que o surgimento das rachaduras nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió, foi provocado pela extração de sal-gema - tipo de cloreto de sódio utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.
O laudo ainda aponta que a atividade provocou o afundamento do solo, pois, como teria sido feita de forma inadequada, acabou desestabilizando as cavernas subterrâneas que já existiam na região. Na época, os especialistas consideraram a situação do Mutange como a mais crítica.
As rachaduras começaram a aparecer primeiro no Pinheiro, em fevereiro de 2018, quando fortes chuvas e um tremor de terra atingiram a capital alagoana.